sábado, 4 de outubro de 2014

10 - A Direita e o Desenvolvimento tecnológico e capitalista nos EUA e no resto do mundo

A revolução tecnológica dos Estados Unidos e do resto do mundo começou com o desenvolvimento de métodos para utilizar a energia elétrica e o petróleo.

Foi a partir deste momento que começou-se a desenvolver a nossa tecnologia atual. E também foi a partir deste momento que surgiram as grandes empresas capitalistas que transformaram os Estados Unidos na nação mais poderosa do mundo.
Isto é algo que pode ser feito no Brasil.

Sendo assim, vamos ver como surgiu este sistema capitalista nos Estados Unidos:

Benjamin Franklin e a eletricidade


Tudo começa com Benjamin Franklin que foi um dos fundadores dos Estados Unidos.
Em 1732, aos 26 anos, Benjamin Franklin começou a publicar o famoso Almanaque do Pobre Ricardo (Poor Richard's Almanac, em inglês), no qual se baseia uma boa parte da sua reputação nos Estados Unidos da América.

Algumas de suas frases mais famosas são: "Um tostão poupado é um tostão ganhado" e "Tempo é dinheiro".

Franklin e outros maçons juntaram os seus recursos em 1731 e iniciaram a primeira biblioteca pública de Filadélfia. Fundaram para esse fim uma empresa, que encomendou os seus primeiros livros em 1732, na sua maioria livros de teologia e educacionais, mas em 1741 a biblioteca também incluía obras de história, de geografia, de poesia e de ciência. Os sucessos dessa empreitada encorajaram a abertura de bibliotecas em outras cidades americanas e Franklin percebeu que tal iniciativa fazia parte da luta das colônias na defesa dos seus interesses.

Ele fundou a Universidade da Pensilvânia e a sociedade filosófica americana, com o fim de fomentar a comunicação das descobertas entre os homens da ciência.

Em 1748 Franklin vendeu o seu negócio e, tendo adquirido uma riqueza notável, pôde dispor de mais tempo livre para os estudos. Num espaço de poucos anos fez descobertas sobre a eletricidade que lhe deram reputação internacional. Ele identificou as cargas positiva e negativa e demonstrou que os raios são um fenômeno de natureza elétrica.
As invenções de Franklin incluíram o pára-raios, o aquecedor de Franklin - franklin stove (um aquecedor a lenha que se tornou muito popular, debitando uma corrente de ar diretamente na área a aquecer), as lentes bifocais e o corpo de bombeiros norte-americano. 

Franklin estabeleceu duas áreas de estudo importantes das ciências naturais: eletricidade e meteorologia.

Como tipógrafo e editor de jornais, Franklin frequentava os mercados dos agricultores para angariar notícias. Um dia notou que a notícia, que dava conta de uma tormenta num lugar distante da Pensilvânia, deveria se referir à mesma tormenta que visitara Filadélfia poucos dias antes. Concluiu, pela lógica, que algumas tormentas se deslocam, o que levou aos mapas sinópticos da meteorologia dinâmica, substituindo a dependência única pelos gráficos da climatologia.

Franklin conduziu os assuntos de Estado do seu país com tal sucesso, incluindo a importante aliança militar e a negociação do tratado de Paris em 1783, que recebeu um lugar meritório na independência americana, apenas superado pelo próprio George Washington.

Franklin dedicou-se à abolição da escravatura, tendo-se tornado presidente da sociedade que visava a esse fim e à libertação dos negros ilegalmente retidos em cativeiro.

A Primeira Hidrelétrica


A primeira hidrelétrica foi instalada em 1886 junto as cataratas do Niágara nos Estados Unidos.

A primeira tentativa humana em usar as águas do Niágara como fonte de energia data de 1759, quanto o americano Daniel Joncairs construiu um pequeno canal acima das cataratas, para alimentar seu moinho. Em 1805, Augustus e Peter Porter compraram a fazenda de Joncairs, bem como todas as Cataratas localizadas do lado americano, do governo do Estado de Nova Iorque.

Os Porters aumentaram o canal anteriormente construído por Joncairs, para o fornecimento de energia hidráulica.

Em 1853, o governo do estado de Nova Iorque criou a Niagara Falls Hydraulic Power and Mining Company, uma empresa pública. A Niagara Falls Hydraulic Power and Mining Company eventualmente construiu os canais que seriam usados para a geração de eletricidade.

Em 1881, sob a direção de Jacob Schoellkopf, estes canais geravam eletricidade através de geradores de corrente contínua, que eram suficientes para alimentar a vila de Niagara Falls, Nova Iorque. 

Em 1883, a Niagara Falls Power Company, a sucessora da Niagara Falls Hydraulic Power and Mining Company, contratou George Westinghouse, para que desenvolvesse o sistema para a geração de corrente alternada. Em 1896, financiada por gigantes como a J.P. 
Morgan, John Jacob Astor IV, e a Vanderbilt, a Niagara Falls Power Company terminou a construção de canais subterrâneos, que desviavam água do rio Niágara para turbinas. Este sistema era capaz de produzir até 75 megawatts de eletricidade, que era transportada até Buffalo, localizada no estado de Nova Iorque, a 32 quilômetros das Cataratas do Niágara.
Companhias privadas do lado canadense também passaram a tirar proveito da energia das Cataratas, empregando tanto firmas domésticas e americanas para tal. O governo da província canadense de Ontário trouxe as operações de produção e distribuição de eletricidade na região do Niágara sob controle público, em 1906, distribuindo a eletricidade produzida na região do Niágara para várias partes da província - especialmente no sul.
O transporte de eletricidade a longas distâncias, só tornou-se possível com a invenção do sistema de geração de eletricidade em corrente alternada desenvolvido por Nikola Tesla.


Nikola Tesla e o inicio de nossa era tecnológica moderna


Depois de vender sua patente da corrente alternada, Nikola Tesla apresentou novos ensaios científicos, detalhando aplicações insuspeitadas sobre a aplicação da corrente alternada de alta frequência e várias outras descobertas. Desenvolveu, a partir desse período, um conjunto extenso de inventos para produção e uso da eletricidade, como o motor elétrico e registrou outra centena de patentes, como o acoplamento de dois circuitos por indução mútua, princípio adotado nos primeiros geradores industriais de ondas hertz, o princípio e metodologia de criar energia (corrente alternada) através de campo magnético rotativo, o motor assíncrono de campo giratório, entre outros.

Inventou também a corrente polifásica, comutadores elétricos e ligação em estrela, novos tipos de geradores e transformadores, comunicação sem fio, a lâmpada fluorescente, controle remoto por rádio e protótipos de transmissão de energia.

Thomas Edison e a Indústria Elétrica


Ao mesmo tempo Thomas Edison registrava 2.332 patentes. Como o fonógrafo, o cinematógrafo, a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. 

Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o mesmo com a máquina de escrever. Trabalhou em projetos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto. 

Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone.

Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX.

Teve também um papel determinante na indústria do cinema dos Estados Unidos e também foi responsável pela lâmpada elétrica incandescente.

Inventou um equipamento electromecânico que transmitia telegraficamente as cotações da bolsa de valores. Enriqueceu com a comercialização do aparelho e inventou outros dispositivos sem aplicações comerciais. Criou um aparelho que facilitava as transmissões em código Morse: uma pena elétrica que simplificava a duplicação em mimeógrafo. 
O microfone de carvão, outro invento, tornou possível as transmissões telefônicas.
Em outubro de 1879 a Edison Electric Light Company era uma potência econômica dominando a eletricidade nos Estados Unidos e no resto do mundo.

A Edison General Electric é fundada em 1888. Se tornou um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Fabrica todos os tipos de dispositivos elétricos, como geradores, motores, gigantescas válvulas solenóides. A empresa transformou-se num dos maiores fabricantes multinacionais.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a General Electric entra no campo de metalurgia naval, produzindo gigantescas máquinas e novos equipamentos para os navios construídos em diversos estaleiros americanos. Depois entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando os métodos para se fabricar novos produtos e substâncias.

Edwin Laurentine Drake e a Indústria do Petróleo


Até aquele momento as perfurações para se encontrar petróleo eram feitas de formas muito complicadas que dificultavam a retirada do produto.

O primeiro poço de petróleo comercial entrou em operação em Oil Springs, Ontario no Canadá em 1858.

No Estados Unidos, James Townsend criou a Seneca Oil Company para explorar petróleo nas exsudações encontradas em Titusville, Pensilvânia. 

Ele contratou Drake para ir para Titusville inspecionar a terra e contratar trabalhadores.
Drake percebeu que a mineração de petróleo a partir das exsudações naturais era muito lenta e pensou em cavar o solo para acelerar o processo. Não deu certo: as escavações eram facilmente inundadas por água. Resolveu então tentar a perfuração, com um método que já se utilizava para obter sal (produzindo água salina e deixando-a evaporar). Comprou uma sonda, um motor e voltou ao local dos trabalhos petrolíferos.

Drake aplicou seu sistema de perfuração (coluna de tubos de diâmetro pequeno evitando a invasão da água), que a cética população de Titusville logo apelidou de a Loucura de Drake ("Drake’s Folly"). Nem a Seneca Oil Company acreditou naquela forma de extração de petróleo e cessou o envio de dinheiro para Drake mandando que ele voltasse para casa. Drake insistiu e auto-financiou seu poço com a ajuda de outras pessoas da cidade e empréstimos bancários.

Num sábado, 27 de agosto de 1859, a perfuratriz atingiu um reservatório e começou a produzir 10 barris por dia, quantidade para a qual não estavam preparados. Isso resultou em que eles tivessem de armazenar em barris de uísque e na banheira da residência do capataz. 

O segundo poço de Drake produziu 25 barris/dia. 

Logo este sistema se ramificou por todo o país fazendo com que os Estados Unidos se tornasse o maior produtor de petróleo da época.

Henry Ford e a Indústria Automobilística


Ao mesmo tempo Henry Ford fundava sua primeira companhia chamada Henry Ford Company, em 3 de Novembro de 1901.

Em 22 de Agosto do ano seguinte ela se tornou a Cadillac Company, logo depois Henry Ford deixa a companhia e carrega os direitos de seu nome.

A Ford Motor Company foi fundada em 1903 com um investimento de US$ 28.000 de doze investidores, dentre eles os irmãos John Dodge e Horace Dodge (que futuramente sairiam da Ford e fundariam a Dodge).

Durante os primeiros anos, a companhia produzia apenas alguns carros por dia em sua fábrica na Mack Avenue em Detroit, Michigan. Grupos de dois ou três homens trabalhavam em cada carro, fazendo a montagem com partes que em sua maioria eram produzidas por fornecedores contratados pela Ford. Na década seguinte a companhia passou a liderar o mundo com a expansão e refinamento com o seu conceito na área de linha de montagem. Ford trouxe a grande parte da produção das peças para dentro da fábrica em uma integração vertical que se mostrou um caminho muito melhor naquela era.

Em 1908, H. Ford introduz o primeiro motor com cabeça de cilindro removível no Modelo T. Após o primeiro carro moderno ter sido criado em 1886 pelo alemão Carl Benz (Benz Patent-Motorwagen), métodos de produção mais eficientes eram necessários para tornar o automóvel mais acessível para a classe média.

Com o isso, em 1913 Henry Ford desenvolveu a primeira linha de montagem móvel, decaindo os preços na produção. Tão eficiente que a ideologia de produção de Ford é usado até hoje, 100 anos depois e sendo administrado pela família durante todo esse tempo.

Henry Ford tinha 39 anos quando fundou a Ford Motor Company, que logo se tornou a maior e mais lucrativa companhia do mundo, além de sobreviver a grande depressão de 1929. 

Já na década de 30, Ford apresenta o Modelo A, o primeiro carro com o vidro para-brisa temperado para maior segurança. Lança o primeiro motor V8 de baixo custo em 1932.
Mais de 20 anos depois, em 1956, a fábrica passa a oferecer o primeiro pacote de segurança automotiva que incluía inovações como volante com regulagem de profundidade, grade frontal, os primeiros cintos-de-seguranças dos bancos traseiros e um painel de instrumentos opcional. Além das travas de seguranças para crianças na porta em 1957 e nesse mesmo ano a primeira capota rígida retrátil e um carro de seis lugares produzido em massa. O Ford Mustang é introduzido na linha de produção em 1964 e no ano seguinte a inovadora luz-de-aviso do cinto de segurança. 

Nos anos 80, vários veículos de sucesso são apresentados pela Ford ao redor do mundo. Com isso a Ford surge com o seu primeiro grande slogan "Have you driven a Ford, lately" (Você tem dirigido um Ford, ultimamente?) com a intenção de trazer novos consumidores para a marca. 

Respectivamente em 1990 e 1994, a Ford compra a Jaguar Cars e a Aston martin.

William E. Boeing e a Indústria Aeronáutica


Em março de 1910, William E. Boeing comprou e estaleiro Heath, em Seattle, no rio Duwamish, que mais tarde se tornou sua primeira fábrica. Boeing foi incorporada em Seattle por William Boeing em 15 de julho de 1916, como Pacific Aero Products Co.
Boeing, que estudou na Universidade de Yale, trabalhou inicialmente na indústria da madeira, onde se tornou rico e adquiriu conhecimento sobre estruturas. Esse conhecimento seria inestimável em seu projeto posterior de montagem de aviões. A empresa ficou em Seattle para aproveitar o fornecimento local de madeira de abeto.

William Boeing fundou sua empresa alguns meses após 15 de junho, data do vôo inaugural de um dos dois hidroaviões "B&W" construídos com a ajuda de George Conrad Westervelt, um engenheiro da Marinha dos EUA. 

Boeing e Westervelt decidiram construir o hidroavião B&W depois de ter voado em um avião da Curtiss. Boeing comprou um hidroavião “Flying Birdcage” de Glenn Martin (assim chamado por causa de todos os fios que prendem o conjunto) e foi instruído a voar pelo próprio Glenn Martin. 

Boeing quebrou o Birdcage em um acidente e quando Martin o informou que as peças de reposição não se tornariam disponíveis por meses, ele percebeu que poderia construir seu próprio avião nessa quantidade de tempo. Ele e seu amigo Westervelt concordaram em construir um avião melhor e logo produziram o hidroavião B&W.

Este primeiro Boeing foi montado em um hangar do lago localizado na costa nordeste de Lake Union em Seattle.

Em 9 de maio de 1917, a empresa se tornou a Boeing Airplane Company.

Em 1919, o Boeing B-1 fez seu primeiro vôo. Era um barco voador que acomodava um piloto, dois passageiros e correio. Ao longo de oito anos fez vôos de correio aéreo internacional de Seattle a Victoria, British Columbia.

Em 24 de maio de 1920, o modelo Boeing 8 fez seu primeiro vôo. Foi o primeiro avião a voar sobre o Monte Rainier.

Em 1925, a Boeing construiu seu avião de correios Model 40 para o governo dos EUA para uso em rotas de correio aéreo. Em 1927, uma versão melhorada deste avião foi construída, o Model 40A.

O 40A ganhou o contrato dos correios para entregar entre San Francisco e Chicago. A 40A também tinha uma cabine de passageiros que acomodava dois passageiros.

Nesse mesmo ano, a Boeing criou uma companhia aérea chamada Boeing Air Transport, que se fundiu um ano mais tarde com a Pacific Air Transport e a Boeing Airplane Company. O primeiro vôo para a companhia foi em 1 de julho de 1927. 

A empresa mudou seu nome para United Aircraft and Transport Corporation em 1929 e adquiriu, a Pratt & Whitney, Hamilton Standard Propeller Company, e Chance Vought. United Aircraft, então, comprou a National Air Transport, em 1930.

Em 27 de julho de 1929, o bi plano Boeing 80 de 12 passageiros fez seu primeiro vôo. Com três motores, foi primeiro avião da Boeing construído com a única intenção de servir como transporte de passageiros. Uma versão atualizada, o 80A, transportando 18 passageiros, fez seu primeiro voo em setembro de 1929.

Em 1930, o Monomail, um monoplano de asa baixa que carregava correio foi construído. Construído inteiramente de metal, era muito rápido e aerodinâmico, e também tinha trem de pouso retrátil. Na verdade, o seu design foi tão revolucionário que os motores e hélices da época não puderam ser usados no avião. Até então hélices de passo controlável foram desenvolvidos, a Boeing estava construindo seu Model 247 para linha aérea. Dois Monomails foram construídos. O segundo, o modelo 221, teve uma cabine 6 passageiros.
Em 1933, o revolucionário Boeing 247 foi introduzido, o primeiro avião comercial verdadeiramente moderno. O 247 era um monoplano de metal de asa baixa, que era muito mais rápido, mais seguro e mais fácil de voar que outras aeronaves de passageiros. Por exemplo, foi o primeiro avião de passageiros bimotor que poderia voar com apenas um motor. 

Em uma era de motores não confiáveis, isso aumentou muito a segurança de voo. Boeing construiu as primeiras 60 aeronaves exclusivamente para operações de sua própria United Airlines. Isso feriu gravemente as companhias aéreas concorrentes e foi o típico comportamento anti-competitivo de empresas que o governo dos EUA tentou proibir na época.

A Lei de correio aéreo de 1934 proibia companhias aéreas e fabricantes de estar sob o mesmo grupo corporativo, então a empresa se dividiu em três pequenas empresas - Boeing Airplane Company, United Airlines e United Aircraft Corporation, a precursora da United Technologies.

Como resultado, William Boeing vendeu suas ações e saiu da Boeing. Claire Egtvedt, que se tornou presidente da Boeing em 1933, tornou-se o chairman também. Ele acreditava que o futuro da empresa era na construção de aviões maiores. 

O trabalho começou em 1936 na Boeing Plant 2 para acomodar a produção de aeronaves modernas maiores. 

Pouco depois, realizaram um acordo com a Pan American World Airways (Pan Am) para desenvolver e construir um barco comercial voador capaz de transportar passageiros em rotas transoceânicas. O primeiro vôo do Boeing 314 Clipper foi em junho de 1938. Foi o maior avião civil do seu tempo, com uma capacidade de 90 passageiros em voos diurnos, e de 40 passageiros em voos noturnos. 

Um ano depois, o primeiro serviço regular de passageiro dos EUA para o Reino Unido foi inaugurado. Posteriormente outras rotas foram abertas, e em breve, a Pan Am voava com o Boeing 314 para destinos em todo o mundo. 

Em 1938, a Boeing concluiu os trabalhos em seu Model 307 Stratoliner. Este foi o primeiro avião de cabine pressurizada do mundo e foi capaz de viajar a uma altitude de 20.000 pés (6.100 m) - acima da maioria das turbulências causadas por mau tempo. Ele se Baseou no B-17, utilizando a mesma cauda, asas e motores.

Em 1958, a Boeing começou a entrega do seu 707, primeiro jato comercial dos EUA, em resposta ao britânico De Havilland Comet, o francês Sud Aviation Caravelle e o soviético Tupolev Tu-104, que eram a primeira geração mundial de jatos comerciais. Com o 707 de quatro motores e 156 passageiros, os EUA se tornaram o líder na fabricação de jatos comerciais. Alguns anos mais tarde, a Boeing apresentou uma segunda versão da aeronave, o 720, que era um pouco mais rápido e tinha menor alcance. 

O desenvolvimento no motor a gasolina começou em 1943 e turbinas de gás da Boeing foram designados aos modelos 502, 520, 540, 551 e 553. Boeing construiu 2 461 motores antes do final da produção em abril de 1968. Muitas aplicações dos motores a reação da Boeing foram considerados pioneiras, incluindo os primeiros helicópteros e barcos a reação.

Vertol Aircraft Corporation foi adquirida pela Boeing em 1960, e foi reorganizada como Boeing's Vertol division. O birotor CH-47 Chinook, produzido pela Vertol, teve seu primeiro vôo em 1961. Este helicóptero de carga pesada continua a ser um dos mais fortes até os dias de hoje. Em 1964, Vertol também começou a produção do CH-46 Sea Knight.

Em dezembro de 1960, a Boeing anunciou o modelo 727, que entrou em serviço comercial de cerca de três anos mais tarde. Varias variantes de cabine e carga foram desenvolvidos para o 727. O 727 foi o primeiro avião comercial a vender 1 000 unidades, e alguns anos mais tarde, a marca de 1 500 foi atingida. 

A Boeing ganhou um contrato em 1961 para fabricar o estágio S-IC do foguete Saturno V, fabricado na linha de montagem Michoud em New Orleans, Louisiana. 

Em 1966, o presidente da Boeing William M. Allen requisitou Malcolm T. Stamper para liderar a produção do novo avião 747 que a empresa estava montando. Este foi um desafio monumental de engenharia e gestão, e incluiu a construção da maior fábrica do mundo para construir o 747 em Everett, Washington, uma fabrica que é do tamanho de 40 campos de futebol.

Em 1967, a Boeing apresentou outro avião de passageiros de curto e médio alcance, o bimotor 737. Que tornou-se desde então a aeronave a jato mais vendida na história da aviação comercial. O 737 ainda está sendo produzido, e melhorias contínuas são feitas. Várias versões foram desenvolvidas, principalmente para aumentar a capacidade de assentos e o alcance.

As cerimônias de lançamento para o primeiro 747-100 ocorreram em 1968, na nova fábrica gigante em Everett. O avião fez seu primeiro voo um ano mais tarde. O primeiro voo comercial ocorreu em 1970. O 747 tem um alcance intercontinental e uma capacidade de assentos maior que as aeronaves anteriores da Boeing.

Em janeiro de 1970 o primeiro 747, um avião de quatro motores de longo alcance voou comercialmente pela primeira vez. Esta famosa aeronave mudou completamente a maneira de voar com a sua capacidade de 450 passageiros e sua plataforma superior. A Boeing já entregou cerca de 1 400 747. O projeto passou por melhorias contínuas para mantê-lo tecnologicamente em dia. Versões maiores também têm sido desenvolvidas por estiramento do andar superior. Até hoje, o 747 ainda está sendo produzido, e sua versão mais recente é o 747-8.

Boeing lançou três hidroplanos Jetfoil 929-100 que foram adquiridos em 1975 para o serviço nas ilhas havaianas. Quando o serviço terminou, em 1979, os três hidroplanos foram adquiridos pela Far East Hydrofoil para o serviço entre Hong Kong e Macau. 
Em 1983 Boeing montou seu 1 000º 737. Durante os anos seguintes, aeronaves comerciais e suas versões militares tornaram-se o equipamento básico da força aérea e das linhas aéreas.

Como o tráfego aéreo de passageiros aumentou, a concorrência era mais difícil, principalmente da Airbus, uma fábrica européia na época recém formada que também fabrica aviões comerciais. Boeing tinha que oferecer novas aeronaves, e desenvolveu o 757 com um único corredor, o grande 767 com dois corredores, e versões atualizadas do 737. 

Um projeto importante desses anos foi o Space Shuttle, o qual a Boeing contribuiu com sua experiência em foguetes espaciais desenvolvidos durante a era Apollo. A Boeing participou também com outros produtos do programa espacial, e foi a primeira contratada para o programa da Estação Espacial Internacional.

Em abril de 1994, a Boeing apresentou o avião a jato comercial mais moderno na época, o bimotor 777, com capacidade de aproximadamente 300 a 370 passageiros em um típico layout de três classes. Tendo o maior alcance entre aviões bimotores do mundo, o 777 foi o primeiro avião da Boeing a apresentar o sistema "fly-by-wire" e em parte foi concebido em resposta às incursões que estavam sendo feitas pela européia Airbus no mercado tradicional da Boeing. Esta aeronave atingiu um marco importante por ser o primeiro avião a ser projetado inteiramente utilizando técnicas computer aided design (CAD).24 O 777 também foi o primeiro avião a ser certificado para ETOPS 180 minutos pela FAA logo que entrou em serviço.25 Também em meados de 1990, a empresa desenvolveu a versão renovada do 737 conhecida como o 737 "Next-Generation", ou 737NG. Ele se tornou a versão que vendeu mais rápido na história dos 737, e em 20 de abril de 2006 as vendas ultrapassaram as do 737 antigo, com uma vantagem de 79 aviões encomendados pela Southwest Airlines.

Em 1995, a Boeing anunciou que o complexo da sede em East Marginal Way South seria demolido em vez de ser atualizado para coincidir com as novas normas sísmicas. A Boeing programou a demolição da instalação, em 1996, e mudou a sede para um prédio adjacente.26 Em 1997 a sede foi localizado na East Marginal Way South, no King County Airport, em Seattle.

Em 1996, a Boeing adquiriu as unidades aeroespaciais e de defesa da Rockwell. As unidades de negócios da Rockwell tornaram-se uma subsidiária da Boeing, chamada Boeing North American, Inc. Em agosto de 1997, a Boeing se fundiu com a McDonnell Douglas em uma troca de ações de US$13 bilhões que permaneceu no nome The Boeing Company. No entanto, este nome tinha sido o nome oficial da Boeing anteriormente adotado em 21 de maio de 1961.28 Após a fusão, o McDonnell Douglas MD-95 foi rebatizado de Boeing 717, e a produção do MD-11 foi limitada à versão cargueiro. Boeing introduziu uma nova identidade corporativa com a conclusão da fusão, foi incorporado o logotipo da Boeing a uma versão estilizada do símbolo da McDonnell Douglas que foi derivado do logotipo Douglas Aircraft de 1970.

Chicago, Dallas e Denver competiram para se tornar a nova sede da maior empresa aeroespacial do mundo e tinham oferecido pacotes de milhões de dólares de incentivos fiscais.29 Em setembro de 2001, a Boeing mudou sua sede de Seattle para Chicago. Seus escritórios estão localizados no Fulton River District.

Em 10 de outubro de 2001, a Boeing perdeu para sua rival Lockheed Martin na competição feroz para o contrato multibilionário do Joint Strike Fighter. O projeto da Boeing, o X-32, foi rejeitado e o X-35 da Lockheed foi aceito. Boeing continua a servir como o principal contratante na Estação Espacial Internacional e construiu vários dos principais componentes.

Depois de várias décadas de sucesso, a Boeing perdeu terreno para a Airbus e posteriormente, perdeu sua liderança no mercado de aviões em 2003. Vários projetos da Boeing foram iniciados e em seguida cancelados, nomeadamente o Sonic Cruiser, a proposta de um jato que iria viajar logo abaixo da velocidade do som, reduzindo tempo de viagem intercontinental em até 20 por cento. Foi lançado em 2001, junto com uma nova campanha publicitária para promover o novo lema da empresa, "Forever New Frontiers", e para reabilitar a sua imagem. No entanto, o destino do avião foi selado com as mudanças no mercado de aviação comercial após o 11 de Setembro, a fraca economia subseqüente e o aumento dos preços dos combustíveis.

Posteriormente, a Boeing simplificou a produção e voltou sua atenção para o novo modelo, o Boeing 787 Dreamliner, utilizando muito da tecnologia desenvolvida para o Sonic Cruiser, mas para uma aeronave mais convencional projetado para a máxima eficiência. A empresa também lançou novas variantes de seus modelos bem sucedidos 737 e 777. O 787 provou ser escolha muito popular com as companhias aéreas, e ganhou um número recorde de encomendas pré-lançamento. Com os atrasos para o programa A380 da Airbus, várias companhias aéreas ameaçaram mudar as suas encomendas para a versão nova do Boeing 747, o 747-8.30 a resposta da Airbus para o 787, o A350, recebeu uma resposta morna no início, quando foi anunciado como uma versão melhorada do A330, e depois ganhou encomendas significativas quando a Airbus prometeu um design totalmente novo. O 787 tem encontrado atrasos na vinda para a produção, com o primeiro voo planejado para 201331 , depois de vários atrasos atrasos. A produção será aumentada para 10 Boeing 787 por mês em 2013.

Boeing e a Indústria de Armas


No final de 1917 os EUA entraram na I Guerra Mundial, e Boeing sabia que a Marinha dos EUA precisava de hidroaviões para treinamento. Então, Boeing enviou dois novos modelos C para Pensacola, Flórida, onde os aviões foram levados para a Marinha. A Marinha gostou tanto do modelo C que encomendou mais 50. 

A empresa transferiu suas operações para um local de construção naval maior conhecido como Boeing Plant, localizado na parte inferior do rio Duwamish. 

Quando a Primeira Guerra Mundial terminou em 1918, um grande excedente de aviões militares usados e baratos inundou o mercado de aviões comerciais, o que impediu as empresas fabricantes como a Boeing de vender qualquer novo avião. Devido a isso, muitas empresas de aviação saíram do mercado, mas outras empresas, incluindo a Boeing, começaram a vender outros produtos. Boeing construiu aparadores, bancadas e móveis, além de barcos de fundo plano chamado de Sea Sleds.

Em 1923, a Boeing começou uma competição contra Curtiss por um contrato de desenvolvimento de um caça para o U.S. Army Air Service. Curtiss terminou o seu projeto primeiro e foi premiado com o contrato. A Boeing continuou a desenvolver o seu caça PW-9. Esse avião, junto com o Boeing P-12 / F4B, fez a Boeing um dos principais fabricantes de caças ao longo da próxima década.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Boeing construiu um grande número de bombardeiros B-17 e B-29. Muitos dos trabalhadores eram mulheres cujo os maridos tinham ido para a guerra. No início de Março de 1944, a produção tinha sido aumentada de tal maneira que mais de 350 aviões eram construídos todos os meses.

Para evitar um ataque aéreo, as fábricas tinham sido cobertas com vegetação e itens de terras agrícolas. Durante estes anos de guerra as empresas líderes de aeronaves os EUA colaboraram entre si. O projeto B-17 foi montado também pela Lockheed Aircraft Corp e Douglas Aircraft Company. enquanto o B-29 foi montado também pela Bell Aircraft Co. e por Glenn L. Martin Company.

Depois da guerra, a maioria dos pedidos de bombardeiros foi cancelada e 70 mil pessoas perderam seus empregos na Boeing. A empresa teve como objetivo se recuperar rapidamente com a venda de seu Stratocruiser (o modelo 377), um avião comercial de luxo com quatro motores desenvolvido a partir do B-29. No entanto, as vendas deste modelo não foram como o esperado e a Boeing teve de procurar outras oportunidades para recuperar a situação. A empresa vendeu com sucesso derivados militares do Stratocruiser como o C-97 adaptados para o transporte de tropas, e o KC-97 para reabastecimento aéreo. 

A Boeing desenvolveu jatos militares, como o B-47 Stratojet e B-52 Stratofortress no final de 1940 e em 1950. Durante os anos 50, a Boeing usou fundos da empresa para desenvolver o 367-80, um avião a jato modelo que levou a construção do KC-135 Stratotanker e o Boeing 707.

A tecnologia de meados dos anos 1950 tinha avançado significativamente, o que deu a Boeing a oportunidade de desenvolver e fabricar novos produtos. Um dos primeiros foi um míssil guiado de curto alcance usado para interceptar aeronaves inimigas. Nesse tempo a Guerra Fria tornou-se um fato, e a Boeing usou sua tecnologia de mísseis de curto alcance para desenvolver e construir um míssil intercontinental.

Boeing foi uma grande produtora de motores a reação de pequeno porte durante os anos 1950 e 1960. Os motores representaram um dos grandes esforços da empresa para expandir sua base de produtos além de aeronaves militares após a Segunda Guerra Mundial. 

Boeing também desenvolveu hidroplanos na década de 1960. O USS High Point (PCH-1), o hidroplano USS Tucumcari (PGH-2) foi mais bem sucedido. Apenas um foi construído e usado no Vietnã e na Europa antes de encalhar em 1972.

Em 1970 a Boeing sofreu com a queda nos gastos militares da guerra do Vietnã, a desaceleração do programa espacial quando o Projeto Apollo estava quase completo, a recessão de 1969-1970,19 e a divida da empresa de US$ 2 bilhões, da construção do novo 747.

Boeing não recebeu encomendas por mais de um ano. Sua aposta para o futuro, o 747, foi adiada na produção por três meses por causa de problemas com seus motores Pratt & Whitney. Outro problema foi que, em 1971, o Congresso dos EUA decidiu parar o apoio financeiro para o desenvolvimento do supersônico 2707, a resposta da Boeing para o Concorde anglo-francês, forçando a companhia a interromper o projeto.

Durante a década, vários projetos militares entraram em produção, incluindo o bombardeiro furtivo B-2. Como parte de uma equipe da indústria liderada pela Northrop, a Boeing construiu a parte externa da asa do B-2, a seção central de fuselagem traseira, trem de pouso, sistema de combustível e sistema de armas. No seu auge, em 1991, o B-2 foi o maior programa militar da Boeing, empregando cerca de 10 000 pessoas. 

No mesmo ano, a Associação Nacional de Aeronáutica dos EUA premiou a equipe do projeto B-2 com o Troféu Collier pela maior conquista no setor aeroespacial na América. O primeiro B-2 saiu da instalação final de montagem de bombas em Palmdale, na Califórnia, em novembro de 1988 e voou pela primeira vez em 17 de julho de 1989. 

O sistema de defesa aérea Avenger e uma nova geração de mísseis de curto alcance também entraram em produção. Durante estes anos, a Boeing foi muito ativa na modernização do equipamento militar existente e desenvolvendo novos. Boeing também contribuiu para o desenvolvimento de energia eólica com as turbinas eólicas experimentais MOD-2 para a NASA e o Departamento de Energia dos Estados Unidos e o MOD-5B para o Havaí.

  Boeing foi uma das sete empresas concorrentes na proposta para o Advanced Tactical Fighter. Boeing concordou em formar uma equipe com a General Dynamics e a Lockheed, de modo que as três empresas participariam do desenvolvimento se só uma fosse selecionada. O projeto da Lockheed acabou sendo selecionado e desenvolvido até o F-22 Raptor. 


Steve Jods e a Indústria Informática


Durante o nono ano do ensino médio, Jobs começa a visitar a garagem do engenheiro Larry Lang, que o introduz no Clube do Explorador da Hewlett-Packard, um grupo de estudantes que reuniam-se semanalmente no refeitório da empresa. Em pouco tempo, Jobs consegue um emprego na empresa e começa a se aprofundar em atividades culturais como literatura e música. Na eletrônica, passa a frequentar as aulas dadas por John McCollum, durante o último ano do ensino médio. Nesse curso conhece Stephen "Steve" Wozniak, cujo irmão mais novo era colega de Jobs na equipe de natação.

A amizade entre os dois Steves mostrou-se frutífera desde o início. Ambos eram apaixonados por eletrônica e por " pregar peças".

Um dos marcos do espirito "brincalhão" da dupla foi a criação de uma versão da "Caixa Azul", um dispositivo que permitia a realização de chamadas de longa distância de graça, a partir da emissão de um som com frequência de 2600 hertz. O som com essa frequência servia como "chave de encaminhamento de chamada da rede telefônica". A dupla de amigos começou a vender o equipamento a 150 dólares.

Steve Jobs e Wozniak tiveram a ideia para a construção do equipamento a partir de uma reportagem da revista Esquire intitulada “Segredos da pequena Caixa Azul”.

“No meio dessa longa reportagem, tive de ligar para meu melhor amigo, Steve Jobs, e ler partes dela para ele”, lembrou Wozniak. A reportagem revelava que outros tons serviam como sinais de frequência única dentro da banda para encaminhar chamadas e que podiam ser encontrados em uma edição do Bell System Technical Journal.

Numa tarde de domingo em setembro de 1971, Jobs e Wozniak invadiram a biblioteca do SLAC (Stanford Linear Accelerator Center) para obter a publicação.

É folclórica a história em que Wozniak, fingindo ser Henry Kissinger ligou para o Vaticano para tentar falar com o Papa João Paulo II.

A brincadeira tornou-se negócio após um estalo de Jobs, que percebeu o potencial do equipamento. O preço de custo para cada unidade era de 40 dólares e o equipamento era vendido a 150 dólares. Adotando apelidos como Berkeley Blue (Wozniak) e Oaf Tobark (Jobs) a dupla começou a vender os equipamentos. Nas demonstrações, ligavam para Ritz, em Londres, ou um serviço de piadas, na Austrália.

Produziram algumas dezenas do dispositivo, vendendo-as para estudantes de Berkeley e ganhando assim dinheiro o bastante para pagar um ano de faculdade, antes de perceberem o interesse da Máfia e o risco legal que corriam, quando então abandonaram a atividade. O dinheiro foi usado pela dupla para fundar a Apple Inc. e desenvolver o Apple I.
O empreendimento seria considerado por Jobs e Wozniak como um marco que permitiu a criação da Apple, pouco tempo depois.

“Se não fosse pelas Caixas Azuis, não teria existido uma Apple. Tenho certeza absoluta disso. Woz e eu aprendemos a trabalhar juntos, e ganhamos a confiança de que podíamos resolver problemas técnicos e pôr efetivamente algo em produção.”, afirmou Jobs.
Jobs andava descalço pela universidade, não tomava banho e devolvia garrafas de restringente para receber alguns trocados. Aos domingos realizava caminhadas até o centro Hare Krishna para ganhar uma refeição quente. Quando precisava de dinheiro, fazia pequenos reparos eletrônicos nos equipamentos do laboratório de Psicologia.

Em 1974 consegue um emprego na Atari. A empresa serviria de trampolim para que Jobs alcançasse a Europa e depois a Índia, onde faria uma jornada espiritual.

No início de 1975 Jobs estava de volta a Palo Alto e ao seu emprego na Atari, onde seria responsável, junto com Wozniak, de uma versão de Pong para um jogador. Jobs havia oferecido metade dos honorários a Wozniak, que na época trabalhava na Hewlett-Packard, se o projeto fosse concluído em quatro dias e com o mínimo de chips possível. A história é famosa porque Jobs pagou apenas metade do honorário e nenhum valor referente ao bônus pago pela economia de cinco chips. Wozniak só descobriria o calote dez anos depois.

A Apple Computer Inc foi criada em abril de 1976 para comercializar um computador pessoal criado por Wozniak poucos meses antes.

A ideia para o equipamento surgiu durante uma reunião do Homebrew Computer Club em 5 de março de 1975. Após ver um folheto sobre microprocessador, Wozniak teve um insight onde visualizou "teclado, tela e computador, todos juntos em um pacote integrado".
Após meses trabalhando no projeto, em 29 de junho de 1975 surgem os primeiros caracteres na tela, em resposta ao digitar das teclas. "Digitei algumas teclas no teclado e fiquei chocado! As letras apareceram na tela. Foi a primeira vez na história que alguém digitou uma letra em teclado e viu aparecer na tela de seu computador, bem na sua frente" afirmou Wozniak.

Fascinado pela funcionalidade do aparelho, Jobs convenceu Wozniak a comercializar o equipamento. Para tanto, decidiram abrir uma empresa.

Entre as primeiras sugestões para nome estavam termos da computação como Matrix, neologismos como Executek e nomes "desinteressantes" como Personal Computer Inc.
Por fim, Jobs propõe Apple Computers. "Eu estava em uma das minhas dietas frugívoras. Tinha acabado de voltar da fazenda de maçãs. O nome parecia divertido, espirituoso e não intimidante. Apple tirava a aresta da palavra computador. Além disso, nos poria à frente da Atari na lista telefônica", explicou ao amigo Wozniak.

A divisão de ações e lucros foi dividido em 45% para Jobs, 45% para Wozniak e 10% para Ron Wayne, um engenheiro da Atari que tivera anteriormente uma empresa de máquinas caça-níquel. Wayne, pouco tempo depois, venderia sua parte aos demais sócios.

O primeiro grande lote, com 50 Apple I foi vendido à Byte Shop. Paul Terell, dono da loja de informática, ofereceu 500 dólares por computador se a Apple os entregassem totalmente montados. Após levantar 25 mil dólares para o empreendimento, Jobs instalou a equipe da Apple na garagem da sua casa, para começar a montar os computadores. 

O próximo projeto da Apple Inc se tornaria o computador pessoal mais bem sucedido da história, vendendo quase 6 milhões de unidades em 16 anos. Jobs e Wozniak planejavam um computador com "excelente invólucro, teclado incorporado e ser integrado de ponta a ponta, da fonte de alimentação ao software e ao monitor."

O projeto foi viabilizado graças a Mike Markkula que ofereceu uma linha de crédito de 250 mil dólares em troca de uma participação acionária. Em 3 de abril de 1977 a nova empresa — Apple Computer Co. — foi oficialmente criada e comprou a antiga sociedade que havia sido formada por Jobs e Wozniak nove meses antes.

A fonte de alimentação do Apple II foi outra revolução. Jobs queria evitar a necessidade de um ventilador e encomendou a construção de uma nova fonte ao engenheiro Rod Holt da Atari. Holt construiu uma fonte de energia comutável, que ligava e desligava milhares de vezes o que possibilitava armazenar a energia por muito menos tempo e consequentemente liberava menos calor.

“Essa fonte de alimentação comutável era tão revolucionária quanto a placa lógica do Apple II. Rod não recebe muito crédito por isso nos livros de história, mas deveria. Todos os computadores usam agora fontes de alimentação comutáveis, e todos roubam o projeto de Rod”, explicou Jobs mais tarde.

Para o design, Jobs queria um trabalho que se destacasse diante dos computadores em suas caixas cinza metálico. Ele queria invólucro elegante, feito de plástico moldado leve. O trabalho foi encomendado originalmente a Ron Wayne, mas coube ao consultor Jerry Manock produzir a versão final. 

O Apple II foi lançado oficialmente em abril de 1977 durante a primeira Feira de Computadores da Costa Oeste em San Francisco. A Apple recebeu trezentas encomendas na exposição, e Jobs conheceu um fabricante de tecidos japonês, Mizushima Satoshi, que se tornou o primeiro revendedor da Apple no Japão.

Lançado em maio de 1980, o Apple III foi um fracasso. Randy Wigginton, um dos engenheiros, resumiu o problema: “O Apple III era uma espécie de bebê concebido durante uma orgia; mais tarde, todos estão com uma dor de cabeça terrível, e lá está aquele filho bastardo, e todo mundo diz: não é meu”.

A visita ao Palo Alto Research Center, mais conhecido como Xerox PARC, durante o verão de 1979, está entre os momentos mais folclóricos da indústria da computação. Coube aos engenheiros Jef Raskin e Bill Atkinson convencer Jobs a conhecer as inovações criadas no centro de pesquisas da Xerox. A Apple negociou duas visitas mediante venda 100 mil ações, ao preço de dez dólares.

As exibições da funcionalidade do Xerox Alto impressionaram a equipe de engenheiros da Apple. O computador apresentava três tecnologias revolucionárias: A ligação de computadores em rede. A segunda era que a programação era orientada para objetos e a terceira era a interface gráfica e a tela de bitmap. As inovações só se estabeleceriam no mercado em 1983, com o lançamento do Apple Lisa.

O ataque da Apple ao Xerox Parc é descrito como "um dos maiores assaltos da história da indústria" e isso era endossado por Jobs, com certo orgulho: “Quer dizer, Picasso tinha um ditado que afirmava: ‘Artistas bons copiam, grandes artistas roubam’. E nós nunca sentimos vergonha de roubar grandes ideias.”

Outra avaliação aponta a situação como uma grande trapalhada da Xerox. “Eles estavam com a cabeça em copiadoras e não tinham a mínima ideia sobre o que um computador podia fazer. Eles simplesmente transformaram em derrota a maior vitória da indústria de computadores. A Xerox poderia ter sido dona de toda a indústria de computadores.” disse Jobs a respeito da direção da Xerox.

A Xerox chegou a lançar um computador com as inovações do Xerox Alto. Batizado de Xerox Star, o equipamento foi disponibilizado em 1981 visando o mercado de escritórios em rede. Custando 16.596 dólares no varejo foi um fracasso total, vendendo apenas 30 mil unidades.

O Apple Lisa foi concebido inicialmente como uma máquina de 2 mil dólares baseada em um microprocessador de dezesseis bits, em vez dos oito bits usados no Apple II. O projeto nasceu em 1979. Foi o primeiro computador da Apple a utilizar a interface gráfica, baseado na tecnologia roubada do Xerox Alto. Jobs havia adotado o projeto mas foi convidado a se retirar, o que o fez adotar o projeto Annie que mais tarde seria rebatizado de Macintosh.
Embora fosse óbvio, levou anos até que Jobs admitisse que o equipamento foi batizado com o nome de sua primeira filha, Lisa Nicole Brennan-Jobs. Jobs renegou sua filha nos primeiros anos de vida. "Eu não queria ser pai”, explicou certa vez. A relação de pai e filha só se tornou mais próxima quando a menina completou 8 anos. Os engenheiros da Apple acabaram criando o acrônimo de Local Integrated Software Architecture para explicar o nome. 

Embora revolucionário - contava com um sistema de proteção de memória aprimorado, sistema multitarefas, um sistema operacional baseado em disco rígido, suporte para 2MB de memória RAM, Slots de expansão, além da interface gráfica e uso de mouse - o Apple Lisa foi um fracasso comercial.
Custava 9.999 dólares no varejo. Parte do fracasso comercial deveu-se a própria Apple e Jobs que converteram o Macintosh num concorrente mais barato que o Lisa com agravante do Mac ser mais rápido e totalmente incompatível com predecessor. O Lisa seria descontinuado em 1989 após dois upgrades, o Apple Lisa 2 e o Macintosh XL (um Lisa 2/10 com emulador de Macintosh). 
Segundo o livro: Steve Jobs, a biografia autorizada e escrita por Walter Isaacson, o Lisa inicialmente estava sendo desenvolvido pela equipe de Jobs, mas por ordens da diretoria da Apple ele fora afastado, Jobs que estava interessado em desenvolver um computador pessoal que pudesse chamá-lo de sua "criação", nesse caso empenhou-se no desenvolvimento de um computador que revolucionou a indústria da informática, o Macintosh, que tournou-se um sucesso em vendas e em elogios por parte de influentes veicúlos de comunicação da época. Tal foco no Macintosh trouxe prejuízos a fama de Lisa. 
O projeto Annie nasceu em 1979, fruto do desejo do engenheiro Jef Raskin de criar um equipamento simples, com tela, teclado e computador numa única peça e vendido por mil dólares. Raskin imaginava o computador pessoal como produto de massa, por isso trabalhava para baratear os custos. O projeto era tocado inicialmente por apenas quatro engenheiros e durante muito tempo esteve a ponto de ser abortado. Raskin considerava machismo batizar computadores com nomes femininos, por isso trocou o nome do projeto para "Macintosh", em homenagem a sua espécie de maçã favorita, McIntosh. A grafia foi modificada para não gerar processos com o fabricante de equipamentos de áudio McIntosh Laboratory.

Jobs começou a ficar fascinado pelas ideias de Raskin para o projeto - uma máquina barata para o grande público, com uma interface gráfica simples e design despojado - mas não concordava com a transgressão na qualidade para manter os custos baixos. Raskin e Jobs começaram uma disputa pela liderança do projeto que terminou com o afastamento de Raskin por ordem de Mike Scott, presidente da Apple na época. Jobs começou a recrutar engenheiros entre os funcionários da Apple e no começo de 1981 já contava com uma equipe de 20 pessoas. A equipe foi transferida para uma casa de dois andares a cerca de três quadras da sede da Apple. Era vizinha de um posto da Texaco e passou a ser conhecida como Texaco Towers. 

A equipe retornaria a sede em meados de 1983. Nesse meio tempo, Jobs incitou uma rivalidade, nada saudável, entre as equipes do Mac e do Apple Lisa. No auge da disputa, Steve Capps, engenheiro do Mac hasteou uma bandeira pirata no recém construído prédio da Apple, que permaneceu tremulando por algumas semanas até que membros do Apple Lisa a sequestrassem. Após a ação, enviaram um bilhete a equipe do Macintosh pedindo resgate.

O Mac foi o primeiro produto da Apple a integrar a filosofia de desenvolvimento "de uma ponta a outra". Para Jobs, os melhores produtos eram os aparelhos completos com o software talhado para o hardware, e vice-versa. De acordo com essa linha de pensamento, há um sacrifício nas funcionalidades de um equipamento quando o sistema operacional e os softwares são desenvolvidos de forma genérica, para vários hardwares diferentes, havendo sempre o risco de incompatibilidade. Essa filosofia seria reafirmada anos depois com o iMac, iPod, iPhone e iPad.

O primeiro anúncio do Macintosh foi exibido durante os comerciais do Super Bowl XVIII em 22 de janeiro. As três redes nacionais ABC, CBS e NBC além de cinquenta estações locais levaram ao ar notícias sobre o anúncio 1984, que se propagou numa velocidade sem precedentes. A peça de 1 minuto dirigida por Ridley Scott e produzida pela empresa de publicidade Chiat/Day na Inglaterra foi escolhida pela TV Guide e pela Advertising Age como o maior comercial de todos os tempos.

O lançamento oficial do Mac aconteceu em 24 de janeiro de 1984, durante a reunião anual dos acionistas da Apple no auditório do Flint do De Anza Community College.
Com capacidade para 2.600 lugares, o local estava lotado por acionistas, jornalistas e Apple maniacos. A apresentação teatral do equipamento deixou o púbico surpreso e entusiasmado. Jobs tirou o Mac de uma bolsa, conectou teclado e mouse e puxou um disquete de 3½ do bolso da camisa colocando-o no drive. Ao som de Carruagens de Fogo o Mac apresenta em sua tela a palavra "MACINTOSH" inicialmente na horizontal e depois descendo na vertical. Em seguida aparecem as palavras "Insanamente grandioso" como se estivessem sendo escritas de forma cursiva. A seguir são apresentadas imagens de captura de tela de softwares do Mac como o QuickDraw.
Uma surpresa no final da apresentação causou ainda mais frenesi ao já impressionado público. O Macintoshi foi o primeiro computador a se apresentar. Com uma voz eletrônica ele se dirigiu ao público da seguinte forma: “Olá. Sou o Macintosh. É ótimo sair daquela maleta, com certeza. Não estou acostumado a falar em público, mas quero compartilhar com vocês uma máxima que me ocorreu quando conheci um IBM de grande porte. Nunca confiem num computador que não consigam levantar. Gosto de falar, claro. Mas agora quero sentar e ouvir. Assim, é com muito orgulho que apresento um homem que tem sido como um pai para mim, Steve Jobs". O final da apresentação gerou cinco minutos de aplausos contínuos descritos pelo jornalista Walter Isaacson como "um pandemônio, com gente na multidão aos saltos e socando o ar num frenesi."

O sucesso do Macintosh inicialmente contribuiu com o aumento da influencia de Jobs sobre a Apple. As divisões do Mac e do Lisa foram unificados sob sua direção, mas o processo foi traumático para ambas as equipes. Jobs mostrava-se cada vez mais impiedoso e extravagante. O desgaste com as equipes acabaria por contribuir com sua saída no ano seguinte.

Steve Jobs e os celulares


Em 1996 a Apple, que estava desenvolvendo um novo sistema operacional, comprou a NeXT Computer, de Steve Jobs, para poder usar o NeXTStep como base para o seu novo sistema operacional. Com esta operação, Jobs retornou para a Apple - que estava numa situação financeira frágil e a ponto de fechar - em 1997, como consultor.

A companhia foi salva a tempo com a venda de 40% das ações à rival Microsoft, com uma ideia e um produto criativo de impacto, introduzindo o iMac em 1998 com o novo sistema operacional, o Mac OS. Com o passar dos anos a Apple readquiriu as ações da Microsoft, o que evitou a sua falência. 

Depois do sucesso de vendas dos primeiros iMacs, Jobs preparou uma nova revolução, a de refazer o famoso Mac OS, criando uma nova e poderosa plataforma que uniu o poder e a estabilidade do sistema Unix com a praticidade e elegância do tradicional Mac OS. Em 2000 foi lançado o Mac OS X. 

Sob a orientação de Jobs, a Apple aumentou suas vendas significativamente depois destas inovações implantadas por ele e a sua equipe. O iMac foi o primeiro computador introduzido no mercado com várias características avançadas, principalmente pelo seu design inovador e pelo material utilizado, basicamente o plástico translúcido e colorido, o que decretou a morte da cor padrão para PCs (o bege), e a partir de então muitos deles passaram a usar este tipo de material nos produtos de informática em geral. Desde então, Jobs trabalhou muito em ideias criativas deste nível, obtendo sucesso de vendas com elas.
Uma das suas inovações foi ramificar a Apple para além do seu mercado restrito da informática, passando a atuar na área de eletrônica, telecomunicações (iPhone), músicas digitais (AAC e MP3), com a introdução em 2001 do tocador portátil de música iPod, integrado com a loja de venda legal de música pela Internet através do iTunes, um software dedicado para reprodução de áudio, vídeo, CDs e de rádios online. O iPod conquistou o público pela sua leveza, praticidade, modernidade e simplicidade. 

Em 2007 a Apple passou a comercializar telefones moveis, chamados de iPhone, com tecnologia de toque (batizada de multi-touch por aceitar toques simultâneos); em 2008 lançou a versão de tecnologia 3G do aparelho, iPhone 3G; em julho de 2009 lançou o iPhone 3Gs (speed), com comando de voz e muito mais rápido que os modelos anteriores. 
Em junho de 2010, a Apple lançou o iPhone 4. Uma das maiores novidades de então, muito aguardada pelos usuários das versões anteriores: foi a possibilidade do multitask (execução de vários programas simultaneamente), além da câmera com 5 MP com flash, entre outras mudanças.

O iPhone 4 foi alvo de polêmicas, após alguns usuários (0,55%, de acordo com a própria fábrica) constatarem que, se tocado em determinado ponto (onde ficava a antena), o equipamento sofria queda de sinal. Poucas semanas depois, Steve Jobs apresentou-se publicamente em uma conferência, admitindo a existência do problema. Para contorná-lo, os usuários teriam duas opções: receber gratuitamente uma espécie de capa para evitar o toque na antena; ou então ir a qualquer loja da Apple para a devolução do dinheiro. 
Steve Jobs fazia anualmente palestras emblemáticas (Keynotes), nas MacWorlds, quando lançava as suas tão esperadas ideias para a Apple (e o público ficava muito frustrado quando não havia novidades convincentes nestes eventos da Apple). Jobs e os seus parceiros apresentavam as novidades que a empresa lançaria em cada temporada. Muitas dessas novidades acabavam tornando-se tendência de mercado. No final de 2008, a Apple declarou que a MacWorld 2009 seria a última em que a empresa iria participar. Nesta edição do evento, Phil Schiller, vice-presidente de marketing de produtos da Apple na época, foi o palestrante oficial. 

Em 1986, Jobs comprou da Lucasfilm um estúdio de computação gráfica, o Pixar Studios, por 10 milhões de dólares. Com uma parceria estratégica com a Disney criou, produziu e lançou vários filmes em animação 3D de sucesso, tais como o Toy Story, Procurando Nemo, Ratatouille, "Up, Altas Aventuras" e o mais recente "Aviões". Com a compra dos estúdios Pixar pelo grupo de comunicação e entretenimento Walt Disney, Jobs tornou-se o maior acionista individual da Disney, onde deveria ocupar um posto no conselho diretivo, segundo uma nota divulgada pela Disney no dia da aquisição,em 2006.

Conclusão:


Foram as iniciativas destes capitalistas que fizeram os Estados Unidos ser a nação que é hoje.
    

Nenhum comentário:

Postar um comentário