sábado, 4 de outubro de 2014

4 - A Direita, as Nações mais poderosas do mundo e a Formação da Cultura Ocidental

O pensamento de Direita está diretamente ligado com as bases fundamentais da Cultura Ocidental.

Vamos compreender melhor:

Cultura ocidental, muitas vezes referida como Civilização ocidental ou Estilo de vida ocidental é um termo comumente usado para se referir a um legado cultural de normas sociais, valores éticos, tradições, crenças, sistemas políticos, artefatos e tecnologias que tem alguma origem ou associação com a história de alguns países europeus.

O termo se aplica a países cuja história tem ligações estreitas com a emigração dos habitantes de países europeus, mas não restritos aquele continente, tais como os países das Américas, Oceania como Austrália e Nova Zelândia, alguns países da Ásia como Israel, Japão, Coreia do Sul, etc.

A Cultura ocidental, é caracterizada por um conjunto de temas e tradições artísticos, filosóficos, literários e legislativos originários das civilizações: Celta, Germânica, Grega, Romana, Inglesa, Estadunidense além dos Cristãos e Judeus.  

Grécia


Foi nesse pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos.

Como tal, a Grécia é o local de origem da democracia, da filosofia ocidental, dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos, das artes cênicas ocidentais, incluindo a tragédia e a comédia.

As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre, o Grande, e para o Ocidente, através do Império Romano. Este rico legado é parcialmente refletida nos 17 locais considerados pela UNESCO como Patrimônio Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo.

Naquele tempo a civilização grega estava dividida em cidades-Estado (pólis) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar Negro. Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. a.C., até ser conquistada militarmente por Roma em 168 a.C.

No entanto, a superioridade da cultura grega gerou uma profunda influência na cultura romana, por isso o filósofo Horácio fez a seguinte afirmação: Graecia capta ferum victorem cepit (em português: "A Grécia, embora capturada, manteve seu selvagem conquistador em cativeiro"). Na verdade, na parte oriental do império, a língua e a cultura gregas continuaram a ser muito influentes na sociedade. O Império Bizantino estabeleceu-se como um dos maiores impérios da história da Europa e abrangia um território que ia do Mar Adriático e ao sul da Itália e o Oriente Médio. Constantinopla se destacou como uma segunda Roma como o centro herdeiro das civilizações da Grécia e da Roma antigas. O império grego de Bizâncio também foi um dos impérios mais longevos da história: existiu durante mais de 1000 anos, do século V ao XV. Uma das cidades estado que se descaram na Grécia foi Esparta.

Esparta era situada às margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso. Foi uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga; conquistou a vizinha Messénia cerca do ano 700 a.C. e, duzentos anos mais tarde, coligou-se a seus outros vizinhos, formando a Liga do Peloponeso.

Na Guerra do Peloponeso, no século V a.C., Esparta derrotou Atenas e passou virtualmente a governar toda a Grécia, mas em 371 a.C. os outros estados revoltaram-se e Esparta foi derrubada, apesar de manter-se poderosa ainda durante mais duzentos anos.

Relativamente ao poder, Atenas era a principal rival de Esparta e foi ela que liderou as cidades-estado gregas na luta contra os invasores persas, em 480 a.C.. Durante as Guerras Persas, Esparta liderou as forças que defenderam a Grécia em terra, enquanto que Atenas defendia pelo mar. Com o final da guerra, as relações com Atenas deterioraram-se, culminando na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), que os Espartanos venceram.

Xerxes I (486/465 a.C.), filho de Dario, comandou a invasão à Grécia em grande escala. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor. Outras, como Tebas, submeteram-se aos persas.

Inicialmente, os persas venceram os gregos no desfiladeiro das Termópilas e em Artemision; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota ateniense, porém, comandada por Temístocles (524 a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa em Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois, comandada pelo espartano Pausânias (510/467 a.C.), o exército da coalização grega venceu o exército persa em Plateia e pôs fim à invasão.

Os gregos conseguiram, certamente, impedir a presença dos persas em seu território. Eles continuaram, porém, influindo no relacionamento entre as cidades gregas durante todo o período clássico. Nesse primeiro confronto (a primeira guerra médica), surpreendentemente, cerca de dez mil gregos, liderados pelo ateniense Milcíades, conseguiram impedir o desembarque de mais de vinte mil persas (alguns autores falam em 50 mil, outros em 250 mil, não se sabe precisamente o efetivo persa), vencendo-os na Batalha de Maratona em 490 a.C. Para se defenderem dos persas, algumas cidades-estado gregas organizaram a liga de Delos , da qual se aproveitou Atenas para se sobrepor no mundo grego, pois era responsável pelo dinheiro da Confederação e passou a usá-lo em benefício próprio. Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e modernizou-se, ingressando numa era de grande prosperidade, e impondo sua hegemonia ao mundo grego. O auge dessa época ocorreu entre 461 e 431 a.C., durante o governo de Péricles, por isto o século V a.C. é também chamado o "Século de Péricles". Após as guerras médicas, os gregos voltaram a enfrentar-se internamente e, de 431 a 404 a.C., decorreu a Guerra do Peloponeso, entre a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta). Após tantas guerras, as cidades gregas ficaram debilitadas e foram conquistadas por Felipe II da Macedônia, em 338 a.C. na batalha de Queroneia. Filipe II foi sucedido por seu filho Alexandre, que ampliou consideravelmente o domínio macedônico conquistando a Síria, a Fenícia, a Palestina, o Egito, a Pérsia e parte da Índia.

A Lógica Grega


A lógica moderna descende da tradição grega.

Como por exemplo a Lógica estóica com as suas raízes em Euclides de Megara, um pupilo de Sócrates, e é baseada na lógica proposicional que talvez foi a mais próxima da lógica moderna.

Entretanto, a tradição que sobreviveu para mais tarde influenciar outras culturas foi a lógica aristotélica, o primeiro tratado grego sobre a sistematização da lógica.

Através do latim na Europa, e outras línguas mais ao oeste, como árabe e armênio, a tradição aristotélica era considerada uma codificação superior das leis do raciocínio.

Pérsia ou Irã


Pérsia é oficialmente admitido como um sinônimo para Irã, embora esta última tenha se tornado mais usual no Ocidente, depois de 1935.

O país sempre foi chamado "Irã" (Terra dos Arianos), pelo seu povo, embora durante séculos tenha sido referido pelos europeus como Pérsia (de Pars ou Fars, uma província no sul do Irã) principalmente devido aos escritos dos historiadores gregos. Em 1935 o governo especificou que o país deveria ser chamado Irã; entretanto, em 1959 ambos os nomes passaram a ser admitidos. No uso corrente, o termo Pérsia costuma ser reservado para referir-se ao Império Persa em uma ou mais de suas diversas fases históricas (século VII a.C.–1935 d.C.), fundado originalmente por um grupo étnico (os persas) a partir da cidade de Anshan, no que é hoje a província iraniana de Fars, e governado por dinastias sucessivas (persas ou estrangeiras), que controlavam o Planalto Iraniano e os territórios adjacentes. Depois da Derrota para os Gregos e do dominio de Alexandre o Grande, os persas deixaram de ser uma ameaça. Contudo as coisas mudaram quando surgiu o Islamismo, assim os persas, hoje Irã, juntamente com o blog árabe logo se converteram a nova religião. Desta forma os antigos persas passaram a ser os atuais grupos islâmicos.

A maior parte do país foi conquistada pelos muçulmanos de 643 a 650.

Yezdegerd III, último rei Sassânida, morreu dez anos após perder o seu império para o califado. Tentou recuperar algo do que havia perdido, com o auxílio dos turcos e dos tártaros, mas estes foram facilmente derrotados pelos muçulmanos. Este império árabe, governado pela dinastia Omíada, foi o maior Estado da história até aquele momento, estendendo-se desde a península Ibérica até o rio Indo, e do mar de Aral até a ponta sul da Península Arábica. Os Omíadas serviram-se dos sistemas administrativos persa e bizantino e transferiram a capital para Damasco, no centro de seu império. A dinastia reinaria sobre a Pérsia por cem anos. A conquista árabe transformou radicalmente a vida no Irã. O árabe tornou-se a nova língua franca; o Islã rapidamente substituiu o zoroastrismo e construíram-se mesquitas. Enfim, novos elementos foram acrescentadas ao meio cultural iraniano. Em 750, os Omíadas foram derrubados pela dinastia abássida, também árabe. Os iranianos desempenhavam, então, um papel importante na burocracia do império. O Califa Al-Ma'mun, cuja mãe era iraniana, transferiu sua capital para Merv, na Pérsia oriental. Em 819, o leste do Irã foi conquistada pelos Samânidas , os primeiros governantes de origem iraniana, desde a ocupação árabe. Estabeleceram Samarcanda, Bucara e Herat como suas capitais e reavivaram a língua e a cultura persas. Em 913, a parte oeste do Irã foi conquistada pelos buáiidas, uma confederação tribal persa das margens do mar Cáspio. Fizeram de Xiraz a sua capital e destruíram a unidade territorial islâmica. Não mais uma província de um império islâmico unificado, o Irã era agora uma nação de um mundo islâmico cada vez mais diversificado. Com o passar dos séculos o Irã, assim como o Islamismo foi se ocidentalizando, como pode ser visto nestas fotos:
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Em 1979 ocorreu a revolução islâmica sob a liderança do aiatolá Ruhollah Khomeini. O poder foi transferido ao primeiro-ministro Shapur Bakhtiar. As Forças Armadas aderiram aos revoltosos. Khomeini regressou triunfalmente a Teerã em 1 de fevereiro de 1979 e, dez dias depois, assumiu o poder, com a renúncia e fuga de Bakhtiar. Em 1 de abril, o Irã foi declarado oficialmente uma república islâmica, cuja autoridade suprema é um chefe religioso (o próprio Khomeini). Desta forma o Irã ficou assim:

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Aqui uma mulher sendo apedrejada em público
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Aqui pessoas sendo enforcadas em público
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  Abaixo vocês podem ver a imagem de um cristão sendo enforcado. Reparem que ele sorri para mostrar que não está com medo.Cristâo   
Um grupo de seis jovens iranianos foi sentenciado a seis meses de prisão e 91 chicotadas após filmarem um vídeo onde aparecem dançando e cantando a música "Happy", do cantor Pharrell Williams. A sentença foi ainda mais alta para o diretor do vídeo, Sassan Solemani: de acordo com o Daily Mail, o jovem ficaria preso por um ano e teria o mesmo número de chicotadas. Mesmo com a decisão divulgada, as sentenças foram suspensas e, se eles não forem presos novamente no período de três anos, as punições serão descartadas. As informações foram dadas ao jornal pelo advogado do grupo, Farshid Rofugaran. No Facebook, Pharrell Williams protestou contra as prisões. Segundo ele, "é mais do que triste o fato de essas crianças terem sido presas por tentar espalhar a felicidade."  
Este vídeo foi gravado na cidade de Teerã. Como podem ver a cidade está a cada dia mais ocidentalizada. Porém isto poderá não durar muito tempo. Principalmente por causa do surgimento do Estado Islâmico. Porém ainda existe a possibilidade destes grupos serem derrubados.  

Período helenístico


Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Por isso o nome "viver como os gregos". Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. Durante o período helenista foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.

Em 336 a.C., Alexandre o Grande, filho de Filipe II tornou-se rei da Macedônia e dois anos depois senhor de toda a Grécia. Durante o seu curto reinado de treze anos (de 336 até 323 a.C.) Alexandre realizou a conquista de territórios mais rápida e espectacular da Antiguidade.

Procurando realizar o sonho do seu pai, Alexandre lançou à conquista do Império Persa de Dario III, que na época governava praticamente todo o Médio Oriente. Bastariam quatro anos e três batalhas (Granico, Isso e Gaugamela) para derrotar o soberano e destruir o Estado aquemênida. Os três anos que se seguiram, até 327 a.C., foram dedicados à conquista das províncias da Ásia Central denominadas satrapias. Por volta de 325 a.C., Alexandre já se achava no Vale do Indo. Segundo o que se pensa, o macedônio pretendia ir até o Ganges, mas seus soldados recusaram-se a avançar mais, sendo Alexandre forçado a ordenar o regresso. Alexandre associou as antigas classes indigentes do Império Aquemênida à estrutura de governo do seu império. Pretendia assim criar um grande estado multiétnico, onde a herança grega e macedônia coexistiria com a herança persa e asiática. A morte prematura do rei, aos trinta e três anos, deu por terminado este original projeto, na época criticado por macedônios e gregos.

A ciência alcançou um grande desenvolvimento no período helenístico, não sendo ultrapassada nas suas realizações durante muitos séculos.

Na medicina, destacaram-se Herófilo e Erasístrato, que viveram em Alexandria na primeira metade do século III a.C.. Herófilo, considerado o fundador da anatomia, recusou-se a aceitar os dogmas estabelecidos, atribuindo maior importância à observação direta. Fez estudos importantes no campo da frenologia, tendo feito a distinção entre cérebro e cerebelo. Descreveu também o duodeno, o pâncreas e a próstata e descobriu o ritmo do pulso, apresentando lei matemática para a sístole e a diástole. Erasístrato, considerado o iniciador da fisiologia, salientou-se pelo estudo dos vasos sanguíneos e da circulação do sangue. Descreveu também os pulmões. Na matemática, Euclides de Alexandria, autor de "Os Elementos", lançou nesta obra as bases da geometria como ciência. Apolónio de Perga estudou as seções cônicas. Mas o maior matemático foi Arquimedes de Siracusa (c.287 a.C.-212 a.C.) que inventou o cálculo integral e descobriu a lei da impulsão, tendo realizado também algumas invenções (planetário, bomba aspirante). Na astronomia, Aristarco de Samos (c.310 a.C.-230 a.C.) defendeu que o Sol era o centro do sistema planetário (heliocentrismo), teoria que gerou polêmica na época e foi contestada por Arquimedes e Hiparco de Niceia. Este último foi responsável pela atribuição ao ano solar da duração de 365 dias, 5 horas, 55 minutos e 12 segundos, um cálculo errado apenas por 6 minutos e 26 segundos. Eratóstenes de Cirene (c.275 a.C.-194 a.C.) descreveu a Via Láctea e organizou a geografia como ciência. A colonização grega continuou até cerca de 250 a.C., difundindo a língua, a filosofia e a arte gregas. O grego tornou-se a língua da diplomacia e da literatura em todo o território conquistado por Alexandre.

Roma


A civilização romana antiga contribuiu grandemente para o desenvolvimento do direito, arte, literatura, arquitetura, tecnologia, religião, governo, e da linguagem no mundo ocidental e sua história continua a ter uma grande influência sobre o mundo de hoje.

Os romanos assimilaram muitos aspectos da cultura dos povos vencidos, principalmente dos gregos.

Dotados de notável senso prático, souberam reelaborar essas influências, nas quais introduziram inovações que levaram à formação de uma cultura original. Com isso, acabaram por legar às gerações futuras várias contribuições nas mais diversas áreas.

Roma inicialmente era um pequeno povoado ou grupo de povoados situado no Palatino e nas colinas vizinhas. Sua população girava em torno de poucas centenas de habitantes que baseavam sua economia na agricultura (trigo, cevada, ervilha, feijão), pecuária (cabras, porcos), pesca, caça e coleta; a manufatura de artigos cerâmicos, roupas e outros artigos de uso doméstico eram produzidos pelas famílias para consumo interno; não havia estratificação social definida.

Segundo a tradição, Roma teria sido fundada no ano de 753 a.C. por Rómulo e o seu irmão Remo. Rómulo e Remo envolveram-se numa luta e Rómulo acabou por assassinar o seu irmão Remo.

No começo foi governada por reis mas, novamente de acordo com a tradição, tornou-se uma República em 509 a.C.. A cidade cresceu e, no final da República, Roma era a capital de um vasto império em volta do Mar Mediterrâneo. No seu auge, durante o século II, a cidade chegou a ter cerca de 45 000 prédios de apartamentos, e uma população de 1 600 000 habitantes. Seus aquedutos transportavam mais de um milhão de metros cúbicos de água, mais água do que chega à Roma moderna.

Roma foi um Estado militarista cuja história e desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus doze séculos de existência. Então, o tema central a ser falado quando se discute a história militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às batalhas finais contra os bárbaros.
A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da Ásia. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta; mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.

Além de construir estradas que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.
 

O Direito Romano


Uma notável contribuição romana à cultura ocidental ocorreu no campo do direito. De fato, o direito romano permanece até hoje entre os fundamentos do direito contemporâneo.
Como quase tudo em Roma, as leis surgiram para dar uma solução prática aos problemas criados pelas lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista. Roma dominava um vasto e variado mosaico de povos, unidos por vínculos econômicos, políticos e culturais. Criar normas jurídicas que permitissem a coexistência de tão diferentes costumes e tradições tornou-se uma necessidade. O direito romano desenvolveu-se gradualmente, tendo como ponto de partida a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.). Posteriormente, aprimorou-se com as leis votadas pelas assembleias, com os decretos do senado e teve sua completa sistematização no período do império. Compunha-se de três grandes ramos: O ius civile (Direito civil), aplicável apenas aos cidadãos de Roma. O ius gentium (Direito das gentes ou dos estrangeiros), conjunto de normas comuns ao povo romano e aos povos conquistados. O ius naturale (Direito natural), que representava o aspecto filosófico do direito. Baseava-se na ideia de que o ser humano é, por natureza, portador de direitos que devem ser respeitados. Mais tarde estes Direitos Natuais deram sustentabilidade para o movimento iluminista que contribuíram para a abolição da escravidão, direitos das mulheres, democracia ocidental, etc. Com as invasões bárbaras, embora inicialmente as tribos continuassem a reconhecer suas leis nativas, elas foram fortemente influenciadas pelo direito romano e gradualmente o incorporaram também. O direito romano, particularmente o Corpus Juris Civilis coletado por ordem de Justiniano I, é a base antiga no qual o direito civil moderno de alguns países se apóia. Em contraste, a Common law (lei comum) é baseada na lei germânica. O sistema romano-germânico é o sistema jurídico mais disseminado no mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século XVIII. Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente Médio) e de cerca de metade da África.  

Roma e o Estatuto da Mulher


Ao longo da república e durante o império, as mulheres romanas livres eram consideradas cidadãs, embora não pudessem votar, ocupar cargos políticos ou servir no exército. A mulher romana conservava o sobrenome de solteira (nomen) ao longo da vida. Na maior parte das vezes, os filhos escolhiam o sobrenome do pai, embora no período imperial pudessem também manter o sobrenome da mãe.

Uma mulher casada continuava a ser proprietária dos bens que levava para o casamento. Tecnicamente, mesmo após a mudança para a residência do marido, continuava ainda sob a autoridade do pai, e só quando o pai morria é que se emancipava em termos legais. Este princípio constituía um dos fatores do relativo grau de independência das mulheres romanas em comparação com outras culturas da antiguidade e até à idade moderna. Embora tivesse que responder perante o pai em assuntos jurídicos, a mulher romana era livre para gerir a vida quotidiana e o marido não tinha qualquer poder jurídico sobre ela. As mulheres tinham os mesmos direitos que os homens em relação a heranças, caso o pai morresse sem deixar um testamento. O direito a possuir e gerir propriedade, incluindo os termos do seu próprio testamento, proporcionavam à mulher romana uma enorme influência sobre os filhos, mesmo em adultos.

Escravos


Na época de Augusto, cerca de 35% dos habitantes da província de Itália eram escravos. A escravatura era uma instituição complexa e de utilidade econômica que sustentava a estrutura social romana.

Nas cidades, os escravos podiam exercer diversas profissões, entre as quais professores, médicos, cozinheiros e contabilistas, embora a maioria realizasse apenas tarefas pouco qualificadas. A indústria e a agricultura dependiam da mão de obra escrava. Fora de Itália, os escravos constituíam em média entre 10 a 20% da população.

Embora a escravatura tenha diminuído nos séculos III e IV, permaneceu parte integrante da sociedade romana até ao século V até desaparecer gradualmente ao longo dos séculos VI e VII, a par do declínio dos centros urbanos a da desintegração do complexo sistema econômico que criava a procura.

A legislação sobre escravatura era bastante complexa. Perante a lei romana, os escravos eram considerados propriedade e não tinham personalidade jurídica. Um escravo podia ser sujeito a formas de castigo corporal vedadas a cidadãos, serem explorados sexualmente, torturados e executados sumariamente. Em termos jurídicos, um escravo não podia ser violado, uma vez que a violação só podia ser exercida sobre pessoas livres; um violador de um escravo teria de ser acusado pelo dono por danos materiais. Os escravos não tinham direito a contrair matrimônio, embora por vezes fossem reconhecidas uniões e pudessem casar no caso de ambos serem libertados. No seguimento das Guerras Servis, a legislação tentou limitar a ameaça de rebeliões de escravos através da limitação da dimensão dos grupos de trabalho e da perseguição a escravos fugitivos. Tecnicamente, um escravo não podia possuir propriedade, embora um escravo que realizasse negócios pudesse ter acesso a um fundo ou conta individual (peculium), da qual podia dispor livremente. Os termos desta conta variavam em função da relação de confiança entre o proprietário e o escravo. Um escravo com aptidão para os negócios podia ter autonomia considerável para realizar lucros e gerir outros escravos. Dentro de uma residência ou de uma oficina, era comum a existência de uma hierarquia entre escravos, em que um deles administrava os restantes. Com o decorrer dos séculos, os escravos foram ganhando cada vez maior proteção jurídica, incluindo o direito de apresentar queixa em relação aos amos. Um contrato de compra podia ter uma cláusula que determinasse que o escravo não podia ser destinado a prostituição, já que grande parte dos prostitutos e prostitutas eram escravos. O crescimento do comércio de escravos eunucos durante o fim do século I promoveu legislação que proibia a castração de um escravo contra a sua vontade. A escravatura romana não tinha por base discriminação racial. Durante a expansão republicana, período em que se dá a generalização da escravatura, a principal fonte de escravos eram prisioneiros de guerra das mais diversas etnias. A conquista da Grécia levou para Roma um grande número de escravos extremamente qualificados e instruídos. Os escravos eram também trocados em mercados e por vezes vendidos por piratas. Entre outras fontes de escravos estão o abandono infantil e a auto-escravização entre os mais pobres. Os vernae, pelo contrário, eram escravos filhos de uma mãe escrava que nascessem e crescessem nessa propriedade. Embora não tivessem qualquer proteção jurídica em particular, o dono que maltratasse ou não cuidasse dos seus vernae era mal visto pela sociedade, já que estes eram considerados parte da sua família, podendo até ser filhos dos homens livres da família. Os escravos bem sucedidos tinham a possibilidade de acumular dinheiro suficiente para comprar a sua liberdade ou serem libertados pelos serviços prestados. A manumissão tornou-se tão frequente que, no século II a.C., uma lei limitou o número de escravos que um proprietário podia libertar.

Libertos


Ao contrário das cidades-estado gregas, Roma permitia que os escravos libertos se tornassem cidadãos, tendo inclusive direito ao voto.

Um escravo que conseguisse a libertas era denominado um liberto (libertus; "pessoa liberta," fem. liberta) em relação ao seu antigo amo, o qual se tornava então o seu patrão (patronus). No entanto, as duas partes continuavam a ter obrigações habituais e jurídicas entre si. A classe social dos libertos era denominada libertini, embora mais tarde os termos liberto e libertino (libertinus) fossem usados indistintamente.

Um libertinus não podia ocupar cargos na administração pública ou no sacerdócio de estado, embora pudesse exercer sacerdócio no culto imperial. Um liberto não podia também casar com uma mulher de uma família da ordem senatorial ou ele próprio fazer parte dessa ordem de forma legítima, embora durante o início do império os libertos ocupassem lugares cimeiros na administração.

O Cristianismo


A Roma antiga contribuiu grandemente para o desenvolvimento do cristianismo. O Cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização ocidental pelo menos desde o século IV. A Igreja Católica de Roma possui mais de dois mil anos de história, sendo a mais antiga instituição do mundo ainda em funcionamento. Sua história é integrante à História do Cristianismo e a história da civilização ocidental.

Por volta do ano 50, o cristianismo começou a ser divulgado em Roma.

Com o imperador Nero, tiveram início as perseguições aos cristãos, que passaram a ser detidos, queimados vivos ou usados para proporcionar diversão nas arenas dos anfiteatros. A propagação do cristianismo se acentuou no século III, quando teve início o enfraquecimento do Estado romano, particularmente afetado pela crise do escravismo. Foi nesse contexto que o imperador Constantino assinou, em 313, o Édito de Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos. Finalmente, em 391, o imperador Teodósio I impôs o cristianismo como religião oficial do Império Romano e proibiu o culto aos antigos deuses romanos.

Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião.

Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Foi exatamente dos essênios que surgiram aqueles que seriam os primeiros cristãos.

Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias. Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos. Em 313, o imperador Constantino I fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. E isto acontece até hoje. Ou seja, a tolerância religiosa beneficia principalmente os cristãos. Um exemplo são os árabes. Quando eles começam a ter tolerância religiosa, imediatamente os cristãos começam a aumentar em número. E isto estamos vendo acontecer na China, pois, até pouco tempo, o cristianismo era totalmente proibido no país. Contudo, a partir do momento que começaram tolerar os cristãos, então começou uma onde. E os cristãos já estão fazendo cultos abertos com 5 mil pessoas. Isto demonstra que a China vai passar pelo mesmo processo de cristianização que Roma passou. E assim, devido a influencia dos cristãos, veremos surgir uma China ocidentalizada. Em 391, Teodósio I (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.

Gradualmente, o sucesso do cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao cristianismo, estas eram irregulares.

As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.

O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador romano pelo "bárbaro" germânico Odoacro, mas o cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao cristianismo ou viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel instrumental na expansão do cristianismo.

Do mesmo modo, o cristianismo teve um papel proeminente na manutenção da civilização europeia. A Igreja, única organização que não se desintegrou no processo de dissolução da parte ocidental do império, começou lentamente a tomar o lugar das instituições romanas ocidentais, chegando mesmo a negociar a segurança de Roma durante as invasões do século V. A Igreja também manteve o que restou de força intelectual, especialmente através da vida monástica. Embora fosse unida linguisticamente, a parte ocidental do Império Romano jamais obtivera a mesma coesão da parte oriental (grega). Havia nele um grande número de culturas diferentes que haviam sido assimiladas apenas de maneira incompleta pela cultura romana. Mas enquanto os bárbaros invadiam, muitos passaram a comungar da fé cristã. Por volta dos séculos IV e X, todo o território que antes pertencera ao ocidente romano havia se convertido ao cristianismo e era liderado pelo Papa. 

Missionários cristãos avançaram ainda mais ao norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma, obtendo a integração definitiva dos povos germânicos e eslavos. 
 

Inglaterra


Durante a Idade do Ferro, os Celtas chegaram da Europa Central. O desenvolvimento de fundição de ferro permitiu a construção de arados melhores, o avanço da agricultura (por exemplo, com os campos Celtas), bem como a produção de armas mais eficazes. A sociedade era tribal, e de acordo com Ptolomeu havia cerca de 20 tribos diferentes na área, as divisões são desconhecidas. Tal como outras regiões na fronteira do Império, a Grã-Bretanha tinha apreciado por muito tempo relações comerciais com os romanos.

Júlio César efetuou duas expedições à ilha nos anos 55 a.C. e 54 a.C., derrotando o rei Cassivelauno (Cassivellaunus), mas sem chegar a consolidar a incursão e sem terminar de dominar os moradores da ilha, pois as revoltas na Gália e as pressões de Pompeu e Crasso obrigaram-no a regressar ao continente. Os britânicos comprometeram-se a jurar fidelidade a Roma e a pagar tributo.

Os romanos conquistaram a Bretanha em 43, durante o reinado do imperador Cláudio, e a área foi incorporada ao Império Romano como província da Britânia. Em 410, com o declínio do Império Romano, os romanos deixaram a ilha para defender suas fronteiras na Europa continental.

Os primeiros registros da presença cristã na Inglaterra foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no Concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana. A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais. No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, mandou um grupo de monges beneditinos, chefiado pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Sicília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo da Cantuária (em inglês, Canterbury), que é a Sé Primaz de referência para a atual Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Com o tempo, boa parte dos costumes da Igreja celta cedeu à forma latina do cristianismo implantada por Agostinho nas terras inglesas. Em 1534, a Igreja da Inglaterra se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, da Casa de Tudor. A emancipação da Igreja da Inglaterra da autoridade papal, através da iniciativa do rei Henrique VIII, não transformou a Inglaterra num país verdadeiramente protestante, pois a Igreja permaneceu católica quanto à doutrina2 . Somente no reinado de sua filha, Elisabeth I, a Igreja se firmara no caminho da via média entre catolicismo e protestantismo, característica que mantém até a presente época. Assim, não se pode, historicamente, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana.

As Crusadas


Depois da morte de Maomé (632), vagas de exércitos árabes lançaram-se com novo fervor à conquista dos seus antigos dominadores, os bizantinos e os persas sassânidas, que vinham de décadas de guerra. Estes últimos, depois de serem esmagadoramente derrotados em algumas batalhas, levaram 30 anos para ser destruídos, devido mais à extensão do seu império do que à sua resistência militar: o último Xá morreu em Cabul em 655. Os bizantinos resistem bem menos: cederam uma parte da Síria, a Palestina, o Egito e o norte de África, mas ao fim sobreviveram e mantiveram sua capital Constantinopla.
Em novo impulso, os exércitos conquistadores muçulmanos lançaram-se então sobre a Índia, a Península Ibérica, o sul de Itália, a França, e as ilhas mediterrâneas. No século X, desagregação do Império Islâmico acentuou-se, em parte devido à influência de grupos de mercenários convertidos ao islão que tentaram criar reinos separados. Os turcos seljúcidas (não confundir com os turcos otomanos antepassados dos criadores do atual estado da Turquia), procuraram impedir esse processo e conseguiram unificar uma parte do território. Acentuaram a guerra contra os cristãos, esmagaram as forças bizantinas em Manziquerta em 1071 conquistando, assim, o leste e o centro da Anatólia e Jerusalém em 1078. Depois de um período de expansão nos séculos X e XI o Império Bizantino viu-se em sérias dificuldades: a braços com revoltas de nómadas ao norte da fronteira, e perda dos territórios da península Itálica, conquistados pelos normandos. Internamente, a expansão dos grandes domínios em detrimento do pequeno campesinato resultou numa diminuição dos recursos financeiros e humanos disponíveis ao estado. Como solução, o imperador Aleixo I Comneno decidiu pedir auxílio militar ao Ocidente para fazer frente à ameaça seljúcida. O domínio dos turcos seljúcidas sobre a Palestina foi percebido pelos cristãos do Ocidente como uma ameaça e uma forma de repressão sobre os peregrinos e os cristãos do Oriente. Em 27 de janeiro de 1095, no concílio de Clermont, o papa Urbano II exortou os nobres franceses a libertar a Terra Santa e a colocar Jerusalém de novo sob soberania cristã, apresentando a essa expedição militar como uma forma de penitência. A multidão presente aceitou entusiasticamente o desafio e logo partiu em direção ao Oriente, sobrepondo uma cruz vermelha sobre suas roupas (daí terem recebido o nome de "cruzados"). Assim começavam as cruzadas.

Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. No médio oriente, as cruzadas foram chamadas de "invasões francas", já que os povos locais viam estes movimentos armados como invasões e por que a maioria dos cruzados vinha dos territórios do antigo Império Carolíngio e se autodenominavam francos.

Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados durante as Cruzadas.  

Iluminismo


O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista.

Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. Embora, vários foram os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao governo.

Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento contrailuminista ganhou força.

O centro do iluminismo foi a França, onde foi baseado nos salões e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d'Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais se espalharam para os centros urbanos em toda a Europa, nomeadamente Inglaterra, Escócia, os estados alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias europeias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana e na criação dos Estados Unidos da América como uma nação iluminista que atenderia os objetivos de seus idealizadores. Os ideais políticos iluministas influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.

Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do iluminismo no século XVII tardio, não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos "micro-iluminismos", diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de "iluminismo tardio", "iluminismo escocês" e "iluminismo católico". O iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um lugar melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Immanuel Kant como resposta à questão "O que é o iluminismo?", descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

"O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo".

Na Escócia


A Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção de ideias associadas ao iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as tendências mais marcantes do Iluminismo Escocês. Dentre os seus mais importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam Ferguson, David Hume, Francis Hutcheson, Thomas Reid, Adam Smith.

Na França


A França é considerada por muitos o país que liderou intelectualmente o Iluminismo europeu. Durante o século XVIII, os intelectuais franceses foram os primeiros a promover os valores iluministas, apenar de os personagens mais importantes da época não serem franceses. Eles eram conhecidos como Philosophes (filósofos), dentre os quais o mais famoso foi Voltaire, Diderot e Montesquieu.

Na Inglaterra


Na Inglaterra tivemos grandes intelectuais como como John Locke e Edward Gibbon.

Em Portugal


Uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa.

Nos Estados Unidos


Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados com contornos religiosos e politicamente mais radicais. Ideias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles: John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison. A fermentação política nas colônias norte-americanas ocorria no contexto do Iluminismo, o movimento de transformação intelectual que se espalhou por toda a Europa e pelo Novo Mundo. A Declaração de Independência foi inspirada nas ideias Iluministas - e também serviu para lhes dar forma. Jefferson e Franklin são considerados os principais expoentes desse pensamento, e a Declaração é um de seus textos canônicos. Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como "iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

O iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.

O iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional ocorridos no continente americano a partir de 1776, data da Independencia dos Estados Unidos.  

Direitos Naturais


A ideia de Direitos Naturais tomou uma forma constitucional a partir do Direito Romano que o nomeava como ius naturale (Direito natural). Baseava-se na ideia de que o ser humano é, por natureza, portador de direitos que devem ser respeitados. Com os passar dos séculos foi ficando cada vez mais claro que todos temos direitos que independem de nossa raça, crença, gênero, etc. Desta forma os Direitos Naturais vieram a se tornar uma corrente de pensamento através do surgimento do iluminismo que aos poucos foi determinando que todos nós temos o direito "a vida, a liberdade e a propriedade". Desta forma, se um governo deixa de proteger o direito que as pessoas possuem em relação a vida, a liberdade e propriedade então as pessoas terão o direito de derrubar este governo. Esta ideia dos direitos naturais a vida, liberdade e propriedade veio contextualizar todas as ideias daqueles que vieram a ser os liberais e deu a sustentabilidade para o movimento iluminista. A teoria do direito natural abrange uma grande parte da filosofia de Tomás de Aquino, Francisco Suárez, Richard Hooker, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, Samuel von Pufendorf, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, e exerceu uma influência profunda no movimento do racionalismo jurídico do século XVIII, quando surge a noção dos direitos fundamentais, no conservadorismo, e no desenvolvimento da common law inglesa.

Aristóteles


A filosofia grega enfatizava a distinção entre "natureza" (φúσις physis), de um lado, e "direito", "costume" ou "convenção" (νóμος nomos), de outro. O comando da lei variava de acordo com o lugar, mas o que era "por natureza" deveria ser o mesmo em qualquer lugar. Um "direito da natureza", portanto, poderia parecer um paradoxo para os gregos. Contra o convencionalismo que a distinção entre natureza e costume pudesse gerar, Sócrates e seus herdeiros filosóficos, Platão e Aristóteles, postularam a existência de uma justiça natural ou um direito natural (δικαιον φυσικον dikaion physikon; ius naturale, em latim). Destes, Aristóteles costuma ser apontado como o pai do direito natural. A associação de Aristóteles com o direito natural é devida, em grande medida, à interpretação que foi dada à sua obra por Tomás de Aquino. A influência de Aquino foi tal que sugestionou algumas das primeiras traduções de trechos da Ética a Nicômaco, embora as versões mais recentes sejam mais literais. Aristóteles afirma que a justiça natural é uma espécie de justiça política, isto é, o esquema de justiça distributiva e corretiva que seria estabelecido pela melhor comunidade política; se isto viesse a tomar a forma de lei, poderia chamar-se direito natural, embora Aristóteles não discuta esse aspecto e sugira em A Política que o melhor regime talvez não governe com base na lei. A melhor indicação de que Aristóteles pensava existir um direito natural vem da Retórica, na qual ele afirma que, ademais das leis "particulares" que cada povo tem que estabelecer para si próprio, há uma lei "comum" conforme à natureza. O contexto dessa passagem, entretanto, sugere apenas que Aristóteles aconselhava que poderia ser retoricamente vantajoso recorrer a este tipo de lei, em especial quando a lei "particular" da cidade fosse contrária ao argumento a ser defendido, e não que tal lei de fato existisse; Em suma, a paternidade teórica do direito natural, atribuída a Aristóteles, é controversa.

Os Estóicos


A transformação do conceito de justiça natural no de direito natural costuma ser atribuída aos Estóicos. Se a lei "comum" a que Aristóteles sugeria recorrer era claramente natural, por oposição a ser o resultado de uma legislação divina, o direito natural estóico era indiferente à fonte - natural ou divina - do direito: os Estóicos afirmavam a existência de uma ordem racional e propositada para o universo (um direito eterno ou divino), e o meio pelo qual um indivíduo racional vivia em conformidade com esta ordem era o direito natural, que induzia ações em consonância com a virtude. Estas teorias tornaram-se altamente influentes entre os juristas romanos e, portanto, desempenharam um papel central no futuro da teoria do direito.

Cristianismo


O Apóstolo Paulo de Tarso escreveu em sua Epístola aos Romanos, 2:14-15: "Os pagãos, que não têm a lei, fazendo naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei; eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente." O historiador e intelectual A.J. Carlyle comentou sobre essa passagem da seguinte forma: "Não pode haver dúvida de que as palavras de São Paulo implicam uma concepção análoga à "lei natural" de Cícero, uma lei escrita no coração dos homens, reconhecida pela razão do homem, um direito distinto do direito positivo de qualquer Estado, ou do que São Paulo reconhece que é a lei revelada de Deus. É neste sentido que as palavras de São Paulo são tomadas pelos Padres dos séculos IV e V, como Santo Hilário de Poitiers, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, e parece não haver razões para duvidar da veracidade de sua interpretação." Alguns primitivos Padres da Igreja, em especial os do Ocidente, procuraram interpretar a lei natural de uma perspectiva cristã, sendo o maior expoente desse esforço Agostinho de Hipona, que igualava o direito natural ao estado do homem antes da Queda; com esta, não lhe era mais possível seguir uma vida conforme à natureza, e os homens precisariam então procurar a salvação por meio da lei divina e da graça. No século XII, Graciano inverteu o argumento, igualando os direitos natural e divino. Tomás de Aquino restaurou o direito natural ao seu estado independente, afirmando que, na qualidade de perfeição da razão humana, o direito natural poderia aproximar-se, mas não compreender totalmente, o direito eterno, que precisaria assim complementá-lo.

São Tomás de Aquino


Tomás de Aquino nasceu por volta de 1225 e foi um frade dominicano e sacerdote italiano cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia, principalmente na tradição conhecida como escolasticismo, e que, por isso, é conhecido como "Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis". "Aquino" é uma referência ao condado de Aquino, uma região que foi propriedade de sua família até 1137. Ele foi o mais importante proponente clássico da teologia natural e o pai do tomismo. Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimento ou oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, metafísica e teoria política. Tomás abraçou diversas ideias de Aristóteles - a quem ele se referia como "o Filósofo" - e tentou sintetizar a filosofia aristotélica com os princípios do cristianismo. As obras mais conhecidas de Tomás são a "Suma Teológica" (em latim: Summa Theologiae) e a "Suma contra os Gentios" (Summa contra Gentiles). Seus comentários sobre as Escrituras e sobre Aristóteles também são parte importante de seu corpus literário. Além disso, Tomás se distingue por seus hinos eucarísticos, que ainda hoje fazem parte da liturgia da Igreja. Tomás é venerado como santo pela Igreja Católica e é tido como o professor modelo para os que estudam para o sacerdócio por ter atingido a expressão máxima tanto da razão natural quanto da teologia especulativa. O estudo de suas obras há muito tempo tem sido o cerne do programa de estudos obrigatórios para os que buscam as ordens sagradas (como padres e diáconos) e também para os que se dedicam à formação religiosa em disciplinas como filosofia católica, teologia, história, liturgia e direito canônico. Tomás foi também proclamado Doutor da Igreja por Pio V em 1568. Sobre ele, declarou Bento XV: “Esta ordem [dominicana]... ganhou novo lustre quando a Igreja declarou os ensinamentos de Tomás como seus próprios e este Doutor, honrado por elogios especiais dos pontífices, o mestre e patrono das escolas católicas." Desta forma, com a Influencia de Aristóteles, Tomas de Aquino e da Igreja Católica, assim como os vários filósofos iluministas chegou-se a conclusão de que todas as leis humanas deveriam, pois, ser medidas pela sua conformidade com o direito natural. Uma lei injusta não seria, portanto, lei. Naquela altura, o direito natural era usado não apenas para avaliar a validade moral de diversas leis, mas também para determinar o que as leis queriam dizer. No século XVI, a Escola de Salamanca (Francisco Suárez, Francisco de Vitória e outros) desenvolveu ainda mais a filosofia do direito natural. No cristianismo, Após o Cisma anglicano, o teólogo inglês Richard Hooker adaptou as noções tomistas do direito natural ao Anglicanismo. O Direito Natual é tema recorrente na obra do escritor cristão Fiódor Dostoiévski. Em Crime e Castigo, por exemplo, a sanção de direito positivo é aceita por Raskólnikov para aliviar o grande castigo que sofreu ao descumprir uma norma de Direito Natural.

Hobbes


Thomas Hobbes criou uma teoria contratualista do positivismo jurídico, baseando-a em algo com o que todos os indivíduos concordam: o que eles buscam (a felicidade) pode ser um tema polêmico, mas o que eles temem (a morte violenta nas mãos de outrem) pode ser objeto de um amplo consenso. O direito natural seria, então, a forma pela qual um ser humano racional agiria, procurando sobreviver e prosperar. O direito natural seria, assim, descoberto ao considerar-se os direitos naturais da humanidade, enquanto que, no período anterior, pode-se dizer que os direitos naturais eram descobertos ao considerar-se o direito natural. Na opinião de Hobbes, a única maneira de o direito natural prevalecer seria Por meio da submissão de todos às ordens do soberano. Tendo em vista que a fonte última da lei agora advém do soberano, e as decisões deste não precisam basear-se na moralidade, surge então o conceito do positivismo jurídico, que as contribuições posteriores de Jeremy Bentham viriam a desenvolver. Dessa forma evitar-se-iam os conflitos entre os indivíduos. Segundo os tratados Leviatã e De Cive, de Hobbes, o direito natural seria "um preceito ou regra geral, descoberto pela razão, pelo qual a um homem é proibido fazer aquilo que é ruinoso para com a sua vida ou que lhe retira os meios de preservá-la; e de omitir aquilo que ele pensa que pode melhor preservá-la" (tradução livre do inglês).

Liberalismo


O direito natural liberal desenvolveu-se a partir das teorias medievais do direito natural e da revisão empreendida por Hobbes acerca do tema. Hugo Grócio baseou sua filosofia do direito internacional no direito natural, ao qual recorreu diretamente em suas obras sobre a liberdade dos mares e a teoria da guerra justa. Escreveu que "mesmo a vontade de um ser onipotente não pode alterar ou revogar" o direito natural, que "manteria sua validade objetiva mesmo se presumíssemos o impossível, que não há Deus ou que Ele não se importa com os assuntos humanos" (De Iure Belli ac Pacis, Prolegomeni, XI, traduções livres do original inglês). Este famoso argumento, conhecido como etiamsi daremus (non esse Deum), tornou o direito natural independente da teologia.

John Locke


John Locke incorporou o direito natural a muitas de suas teorias e à sua filosofia, especialmente nos Dois Tratados sobre o Governo. Discute-se se seu conceito de direito natural alinhar-se-ia mais ao de Tomás de Aquino ou à reinterpretação de Hobbes, embora se costume dizer que Locke procedeu a uma revisão de Hobbes com base no contratualismo hobbesiano. Locke inverteu o argumento de Hobbes, ao dizer que se o governante contrariasse o direito natural e deixasse de proteger "a vida, a liberdade e a propriedade", as pessoas teriam justificativa para derrubar o regime. Se Locke falava a linguagem do direito natural, preferida dos pensadores liberais posteriores, o conteúdo dessa linguagem procurava em grande medida proteger os direitos individuais. Thomas Jefferson, fazendo eco a Locke, menciona "direitos inalienáveis" na Declaração de Independência dos Estados Unidos: "Consideramos estas verdades como evidentes, que todos os homens são criados iguais, que seu Criador lhes concede certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade".

A divisão Tripartida dos Poderes


Naquela época estavam acontecendo vários conflitos a partir da ideia de que se deveria abolir as monarquiase se criar um novo modelo de governo. Aqueles que estavam mais a esquerda queriam mudanças bruscas, ou seja, queriam simplesmente retirar os monarcas de suas posições sem ter nada para substituir este sistema que vigorava a milênios. Os conservadores, mais a direita, defendiam que esta mudança deveria ser gradativa, pois derrubar os reis de uma hora para outra daria espaço para que pessoas piores tomassem suas posições. E era exatamente o que se viu acontecer no que ficou conhecido como Revolução Francesa. Ou seja, as tentativas de se acabar com a monarquia de uma hora para outra acabou levando a um conflito que levou uma gigantesca quantidade de pessoas a morte. Desta forma, para tentar resolver o problema, vários intelectuais defendiam a divisão de poderes ou separação de poderes. O conceito da separação dos poderes, também referido como princípio de trias politica, é um modelo de governar, cuja a criação é datada da antiga Grécia. A essência desta teoria se firma nos três poderes que formam o Estado (legislativo, executivo e judiciário) atuem de jeito separado, independente e harmônico. O objetivo dessa separação é evitar que o poder concentre-se nas mãos de uma única pessoa, para que não haja abuso, como o ocorrido no Estado Absolutista, por exemplo, em que todo o poder concentrava-se no rei. A passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal caracterizou-se justamente pela separação de Poderes, denominado Tripartição dos Poderes Políticos. Existe uma questão que sempre atormentou os teóricos institucionais do Ocidente: como assegurar o controle do exercício do poder governamental de tal modo que não lhe fosse possível destruir os valores que havia sido instituído para promover? Aliada a essa visão, aqueles que historicamente advogavam em nome do Constitucionalismo foram enfáticos em reconhecer o papel estratégico a ser desempenhado por uma estrutura governamental na sociedade; contudo, atentaram também para a essencialidade de se limitar e controlar o exercício desse poder. Dentre todas as teorias políticas que visaram amenizar essa dicotomia – relevância da função/limitação de poder – a doutrina da “separação dos poderes” foi a mais significante, vindo a influenciar diretamente os arranjos institucionais do mundo Ocidental. Adquirindo, inclusive, o “status” de um arranjo que virou verdadeira substância no curso do processo de construção e de aprimoramento do Estado de Direito, a ponto de servir de “pedra de toque” para se afirmar a legitimidade dos regimes políticos. Na busca por uma definição “pura” do conceito, que não esteja imbuída destas mutabilidades posteriores, Vile propõe o seguinte: “Uma doutrina 'pura' da separação dos poderes pode ser formulada da seguinte maneira: é essencial para o estabelecimento e manutenção da liberdade política que o governo seja dividido em três ramos ou departamentos, o legislativo, o executivo e o judiciário. Para cada um destes ramos há uma função governamental identificável correspondente, legislativa, executiva ou judicial. Ademais, as pessoas que compõem estas três agencias do governo devem se manter separadas e distintas, sendo nenhum indivíduo autorizado a ser, ou estar, ao mesmo tempo membro de mais de um ramo (...)"

Montesquieu


Montesquieu foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais. Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert. Em sua analise sobre o assunto, Montesquieu afirmou: “(...) tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”. Montesquieu defendia a divisão do poder em dois: - Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente); - Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares): o poder legislativo era dividido em dois: a câmara do lordes, indicados pelo rei, representando a aristocracia, e a câmara dos comuns, de representantes eleitos pelo povo. Montesquieu não considerava o Judiciário como um dos Poderes. Era a favor da Monarquia Parlamentar. Outra importante teoria de Montesquieu trata das relações das formas de Governo e seus princípios, segundo o autor as formas seriam as seguintes:

República - Democracia (Princípio–Patriotismo)


Formas de Governo 
Aristocracia(Princípio–Moderação)
Monarquia (Princípio-Honra)
Despotismo(Princípio – Terror)

Montesquieu atribuiu mais algumas classificações a estas formas de governo, tais como: 
Formas Puras: 

Monarquia: Governo de um só
Aristocracia: Governo de vários
Democracia: Governo do povo

Formas Impuras:

Tirania: Corrupção da Monarquia
Oligarquia: Corrupção da Aristocracia
Demagogia: Corrupção da Democracia

Foi então que os fundadores dos Estados Unidos resolveram este problema criando um governo Republicano baseado na Divisão Tripartida dos poderes e com um Presidente da Republica. Desta forma o presidente ou rei fica impedido de fazer leis por conta própria. E toda vez que ele quiser fazer uma lei ele precisa apresenta-la no legislativo onde os deputados e senadores vão discutir se aquela lei pode ou não pode ser aprovada. E como os deputados e senadores são escolhidos pelo povo, então a probabilidade das leis atenderem as vontades do povo é bem maior. Já o judiciário pode e deve julgar os crimes dos políticos, no caso do Brasil isto é obrigação do STF. Outra coisa que eles criaram foi o mandato presidencial e as eleições livres. George Washington foi o primeiro presidente a fazer um mandato de 4 anos. Depois eles fizeram uma eleição e George Washington ficou mais quatro anos e saiu deixando claro que era pra continuar fazendo isso. Não era pra nenhum presidente ficar mais de dois mandatos de 4 anos cada.  

Estados Unidos da América


Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas.

Pouco tempo depois foram estabelecidas as treze colônias britânicas que se tornariam os Estados Unidos. Todas contavam com um governo local eleito, estimulando o apoio ao republicanismo.

O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o Grande Despertar, incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa.

As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1780 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 até 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso Continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington.

Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade", em 4 de julho de 1776 o Congresso aprovou a Declaração de Independência, redigida em grande parte por Thomas Jefferson.

Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos.
Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.

Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas pelos franceses, na Batalha de Yorktown, a Grã-Bretanha reconheceu a independência dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território americano a oeste do rio Mississippi. Uma convenção constitucional foi organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional forte, com poderes de tributação. A Constituição dos Estados Unidos foi ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro Senado e o primeiro presidente (George Washington) da Nova República. Em 1791 foi adotada a Bill of Rights (Declaração dos Direitos dos Cidadãos), que proíbe restrições federais das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.

Os Direitos Naturais e a Independência dos Estados Unidos


Para compreendermos o que são os direitos naturais basta citar o trecho inicial da Declaração de Independia dos Estados Unidos que diz o seguinte:

Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno para com as opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.

Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.

Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.

Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo.
Neste pequeno texto temos as seguintes afirmações:

- O Criador nos deu o direito a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
- Para garantir estes direitos existe o governo.
- Se um governo vai contra estes direitos, ele se torna ilegítimo.
- As pessoas adquirem o direito de derrubar este governo.
- A destruição do sistema atual e substituição por outro somente é viável em ultimo caso, pois pode acabar causando mais problemas do que soluções. 
E nestas afirmações deste pequeno trecho vemos as principais ideias que caracterizam o pensamento de direita.

Liberalismo


Liberalismo é a ideia de que o Estado deve se meter o mínimo possível na vida das pessoas. Isto foi expresso na seguinte afirmação:

Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.


Conservadorismo


Conservadorismo é a ideia de que algumas estruturas sociais, costumes, etc, devem ser conservados. E, mesmo que se comprove falhas em algum destes sistemas, deve-se conserva-los até que se consiga algo realmente melhor. Ou seja, as mudanças devem ser lentas e gradativas, pois, em muitos casos, mudanças bruscas acabam criando mais problemas do que soluções. Eles deixam isto claro nas seguintes palavras:

Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governose instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo.

Os Estados Unidos são oficialmente uma nação secular; a Primeira Emenda da Constituição do país garante o livre exercício da religião e proíbe a criação de um governo religioso.50

Em um estudo de 2002, 59% dos americanos disseram que a religião teve um papel "muito importante em suas vidas", um número muito maior do que qualquer outra nação desenvolvida.154 De acordo com uma pesquisa de 2007, 78,4% dos adultos se identificaram como cristãos,155 contra 86,4% em 1990.156 Denominações protestantes representavam 51,3%, enquanto o catolicismo romano, com 23,9%, foi a maior denominação individual. O estudo classifica os protestantes brancos, 26,3% da população, como o maior grupo religioso do país;155 outro estudo estima protestantes de todas as raças em 30-35%.157

Os Estados Unidos são a federação mais antiga do mundo.176 O país é uma república constitucional e uma democracia representativa, "em que a regra da maioria é temperada por direitos das minorias protegidos por lei".177 O governo é regulado por um sistema de separação de poderes definido pela Constituição, que serve como documento legal supremo do país.178 No sistema federalista estado-unidense, os cidadãos são geralmente sujeitos a três níveis de governo: federal, estadual e local; funções de governo local são geralmente divididas entre os condados e os governos municipais.176 Em quase todos os casos, funcionários do executivo e do legislativo são eleitos pelo voto da maioria dos cidadãos do distrito.176 Não há representação proporcional no nível federal e isso é muito raro em níveis inferiores.176

Os Estados Unidos tem sido um líder em pesquisa científica e em inovação tecnológica desde o século XIX. Em 1876, Alexander Graham Bell conquistou a primeira patente americana para o telefone. O laboratório de Thomas Edison desenvolveu o primeiro fonógrafo, a primeira lâmpada incandescente, a primeira câmera de vídeo viável. Nikola Tesla foi o pioneiro da corrente alternada, do motor AC e do rádio. No início do século XX, as empresas de automóveis de Ransom E. Olds e Henry Ford promoveram a linha de montagem. Os irmãos Wright, em 1903, fizeram o primeiro objeto sustentado e controlado mais pesado que o ar voar.231

A ascensão do nazismo na década de 1930 levou muitos cientistas europeus, incluindo Albert Einstein e Enrico Fermi, a imigrar para os Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Projeto Manhattan desenvolveu armas nucleares, dando início à Era Atômica. A Corrida Espacial produziu rápidos avanços no desenvolvimento de foguetes, da ciência dos materiais e de computadores. Os Estados Unidos também tiveram grande contribuição no desenvolvimento da ARPANET e de sua sucessora, a Internet. Hoje, a maior parte do financiamento para pesquisa e desenvolvimento, 64%, vem do setor privado.232 Os Estados Unidos lideram no mundo em trabalhos de pesquisa científica e fator de impacto.233 Os americanos possuem níveis de consumo tecnologicamente avançados,234 235 236 e quase metade dos lares têm acesso à banda larga.237 O país é o principal desenvolvedor e produtor de alimentos geneticamente modificados. Mais da metade das terras cultivadas com culturas transgênicas do mundo está nos Estados Unidos.238 Veja este vídeo falando sobre a independência dos Estados Unidos.
  

O cristianismo nos Estados Unidos


O Cristianismo surgiu nos Estados Unidos com o nome de O Primeiro Grande Despertamento. O Primeiro Grande Despertamento começou nos anos de 1720 e durou aproximadamente 20 anos. Suas figuras principais de divulgação eram Jonathan Edwards e George Whitefield. Era parte de um fenômeno religioso que começou na Europa e esparramou às colônias britânicas. O reavivamento aconteceu principalmente entre os reformados, batistas, presbiterianos e congregacionais. O Segundo Grande Despertar começou na Inglaterra Nova nos anos de 1790 e depressa se esparramou ao resto dos Estados Unidos. Durou até os anos de 1830. Um grande número de faculdades protestantes foi fundado durante estas décadas. Depois aconteceu O Segundo Grande Despertar, ocorrido no período compreendido nas décadas de 1790 a 18401 , foi a segunda onda de revivicação religiosa ocorrida nos Estados Unidos da América e consistia na salvação pessoal renovada, que se experimentava em reuniões de reavivamento da fé. O movimento encorajava uma atitude evangélica ativa, que depois eclodiram na vida estadunidense através de pleitos como a reforma do sistema prisional, sufrágio feminino, movimento abolicionista e outros. O Terceiro Grande Despertamento foi um período de atividade religiosa na história americana do final de 1850 até 1900. Ele influenciou denominações protestantes pietistas e teve um forte senso de ativismo social. Ele acumulou força da teologia pós-milenarista em que a volta de Cristo deve vir após a humanidade reformar toda a terra. O Movimento do Evangelho Social ganhou sua força do Despertamento, assim como o movimento missionário mundial. O Quarto Grande Despertamento foi um despertamento religioso cristão que alguns estudiosos — mais destacadamente, o historiador economista Robert Fogel — dizem que em alguns lugares foram alcançados do Estados Unidos no final de 1960 e começo de 1970. A terminologia é controversa, pois alguns historiadores acreditam que a mudança religiosa que alcançou alguns lugares nos Estados Unidos durante esses anos não equivalem àquelas do Primeiro Grande Despertamento e Terceiro Grande Despertamento. Assim, a idéia de um Quarto Grande Despertamento em si mesmo não é geralmente aceito.  

A Revolução Industrial


Revolução Industrial foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. A Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população começou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa renda média. O PIB per capita manteve-se praticamente estável antes da Revolução Industrial e do surgimento da economia capitalista moderna. A revolução impulsionou uma era de forte crescimento econômico nas economias capitalistas e existe um consenso entre historiadores econômicos de que o início da Revolução Industrial é o evento mais importante na história da humanidade desde a domesticação de animais e a agricultura. A Primeira Revolução Industrial evoluiu para a Segunda Revolução Industrial, nos anos de transição entre 1840 e 1870, quando o progresso tecnológico e econômico ganhou força com a adoção crescente de barcos a vapor, navios, ferrovias, fabricação em larga escala de máquinas e o aumento do uso de fábricas que utilizavam a energia a vapor. Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo. O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros. As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o individualismo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa carne. Nesta perspectiva, portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. No entanto, como para lucrar precisa vender produtos bons e baratos, no fim, acaba contribuindo com a sociedade. Como o individualismo é bom para toda a sociedade, as pessoas devem viver de modo que possam atender livremente a seus interesses individuais. Para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do mercado agiem livremente, a economia pode crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faz o que bem entende com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Sem a intervenção do Estado, o mercado funciona automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promovem o progresso de forma harmoniosa.  

Abolição da Escravatura


O abolicionismo foi um movimento político que visou à abolição da escravatura e do comércio de escravos. Desenvolveu-se durante o iluminismo do século XVIII e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até a actualidade. Teve, como antecedentes, o apoio de alguns Papas católicos. Os papas da época dos Descobrimentos da África, Ásia e América, prosseguindo na senda dos Padres da Igreja e de seus antecessores, combateram a escravidão e a subjugação dos povos não europeus. Em 13 de Janeiro de 1435, através da bula Sicut Dudum, o papa Eugénio IV mandou restituir à liberdade os cativos das ilhas Canárias. Em 1462, o papa Pio II (1458-1464) deu instruções aos bispos contra La tratta dei Negri proveniente da Etiópia; o papa Leão X (1513-1521) despachou no mesmo sentido para os reinos de Portugal e Espanha. Em 1537, o papa Paulo III (1534-1549), através da bula Sublimus Dei3 (23 de Maio) e da encíclica Veritas ipsa4 (9 de Junho), lembrou aos cristãos que os índios "das partes ocidentais, e os do meio-dia, e demais gentes", eram seres livres por natureza. O papa Gregório XIV (1590-1591) publicou a Cum Sicuti5 (1591) e, nos séculos seguintes, contra a escravidão e o tráfico se pronunciaram também os papas Urbano VIII (1623-1644), na Commissum Nobis6 (1639) e Bento XIV (1740-1758) na Immensa Pastorum7 (1741). No século XIX, no mesmo sentido se pronunciou o papa Gregório XVI (1831-1846) ao publicar a bula In Supremo (1839). Em 1888, o Papa Leão XIII, na encíclica In Plurimis, dirigida aos bispos do Brasil, pediu-lhes apoio ao imperador (dom Pedro II) e a sua filha (princesa Isabel), na luta que estavam a travar pela abolição definitiva da escravidão. O primeiro-ministro reformista Marquês de Pombal aboliu a escravidão em Portugal e nas colônias da Índia a 12 de Fevereiro de 1761, pelo que Portugal é considerado pioneiro no abolicionismo. Contudo, nas colônias portuguesas da América e África continuou sendo permitida a escravidão e muitos negreiros continuavam a transportar ilegal e disfarçadamente escravos de África para o Brasil. Juntamente com a Grã-Bretanha, no começo do século XIX Portugal proibiu o comércio de escravos e em 1854 por decreto foram libertos todos os escravos do Estado nas colônias. Dois anos mais tarde, também foram libertos todos os escravos da Igreja nas colônias. A 25 de Fevereiro de 1869 produziu-se finalmente a abolição completa da escravidão no império português. Nos Estados Unidos o movimento abolicionista foi formado em 1830 nos estados do norte dos Estados Unidos, nos quais teve muita publicidade. Em 1831, foi fundada a New-England Anti-Slavery Society (Sociedade antiescravatura de Nova Inglaterra). Os princípios da Declaração de Independência dos Estados Unidos contribuíram para a abolição da escravatura no país. O que contribuiu para o fim da escravidão no resto do ocidente criando, assim, os precedentes para os movimentos a favor da mulher e de outros grupos.

Resumo


A Cultura Ocidental se fundmenta em três pilares principais que são:

- Logica Grega
- Direito Romano
- Moral Judaico-Cristã

O principal deles é a lógica, pois é através dela que conseguimos construir toda esta estrutura que foi demonstrada aqui.

Os países que negam a cultura ocidental não possuem uma técnica desenvolvida justamente porque não aceitam a lógica.

Em resumo, estas bases que sustentam a cultura ocidental são as mesmas bases que sustentam o pensamento da Direita.

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