O pensamento de Direita está diretamente ligado com as bases fundamentais da Cultura Ocidental.
Vamos compreender melhor:
Cultura ocidental, muitas vezes referida como Civilização ocidental ou Estilo de vida ocidental é um termo comumente usado para se referir a um legado cultural de normas sociais, valores éticos, tradições, crenças, sistemas políticos, artefatos e tecnologias que tem alguma origem ou associação com a história de alguns países europeus.
O termo se aplica a países cuja história tem ligações estreitas com a emigração dos habitantes de países europeus, mas não restritos aquele continente, tais como os países das Américas, Oceania como Austrália e Nova Zelândia, alguns países da Ásia como Israel, Japão, Coreia do Sul, etc.
Grécia
Foi nesse pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos.
Como tal, a Grécia é o local de origem da democracia, da filosofia ocidental, dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos, das artes cênicas ocidentais, incluindo a tragédia e a comédia.
As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre, o Grande, e para o Ocidente, através do Império Romano. Este rico legado é parcialmente refletida nos 17 locais considerados pela UNESCO como Patrimônio Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo.
Naquele tempo a civilização grega estava dividida em cidades-Estado (pólis) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar Negro. Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. a.C., até ser conquistada militarmente por Roma em 168 a.C.
Esparta era situada às margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso. Foi uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga; conquistou a vizinha Messénia cerca do ano 700 a.C. e, duzentos anos mais tarde, coligou-se a seus outros vizinhos, formando a Liga do Peloponeso.
Na Guerra do Peloponeso, no século V a.C., Esparta derrotou Atenas e passou virtualmente a governar toda a Grécia, mas em 371 a.C. os outros estados revoltaram-se e Esparta foi derrubada, apesar de manter-se poderosa ainda durante mais duzentos anos.
Xerxes I (486/465 a.C.), filho de Dario, comandou a invasão à Grécia em grande escala. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor. Outras, como Tebas, submeteram-se aos persas.
Inicialmente, os persas venceram os gregos no desfiladeiro das Termópilas e em Artemision; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota ateniense, porém, comandada por Temístocles (524 a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa em Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois, comandada pelo espartano Pausânias (510/467 a.C.), o exército da coalização grega venceu o exército persa em Plateia e pôs fim à invasão.
A Lógica Grega
A lógica moderna descende da tradição grega.
Como por exemplo a Lógica estóica com as suas raízes em Euclides de Megara, um pupilo de Sócrates, e é baseada na lógica proposicional que talvez foi a mais próxima da lógica moderna.
Entretanto, a tradição que sobreviveu para mais tarde influenciar outras culturas foi a lógica aristotélica, o primeiro tratado grego sobre a sistematização da lógica.
Pérsia ou Irã
Pérsia é oficialmente admitido como um sinônimo para Irã, embora esta última tenha se tornado mais usual no Ocidente, depois de 1935.
A maior parte do país foi conquistada pelos muçulmanos de 643 a 650.
Em 1979 ocorreu a revolução islâmica sob a liderança do aiatolá Ruhollah Khomeini. O poder foi transferido ao primeiro-ministro Shapur Bakhtiar. As Forças Armadas aderiram aos revoltosos. Khomeini regressou triunfalmente a Teerã em 1 de fevereiro de 1979 e, dez dias depois, assumiu o poder, com a renúncia e fuga de Bakhtiar. Em 1 de abril, o Irã foi declarado oficialmente uma república islâmica, cuja autoridade suprema é um chefe religioso (o próprio Khomeini). Desta forma o Irã ficou assim:
Aqui uma mulher sendo apedrejada em público
Aqui pessoas sendo enforcadas em público
Abaixo vocês podem ver a imagem de um cristão sendo enforcado. Reparem que ele sorri para mostrar que não está com medo.
Um grupo de seis jovens iranianos foi sentenciado a seis meses de prisão e 91 chicotadas após filmarem um vídeo onde aparecem dançando e cantando a música "Happy", do cantor Pharrell Williams. A sentença foi ainda mais alta para o diretor do vídeo, Sassan Solemani: de acordo com o Daily Mail, o jovem ficaria preso por um ano e teria o mesmo número de chicotadas. Mesmo com a decisão divulgada, as sentenças foram suspensas e, se eles não forem presos novamente no período de três anos, as punições serão descartadas. As informações foram dadas ao jornal pelo advogado do grupo, Farshid Rofugaran. No Facebook, Pharrell Williams protestou contra as prisões. Segundo ele, "é mais do que triste o fato de essas crianças terem sido presas por tentar espalhar a felicidade."
Este vídeo foi gravado na cidade de Teerã. Como podem ver a cidade está a cada dia mais ocidentalizada. Porém isto poderá não durar muito tempo. Principalmente por causa do surgimento do Estado Islâmico. Porém ainda existe a possibilidade destes grupos serem derrubados.
Período helenístico
Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Por isso o nome "viver como os gregos". Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. Durante o período helenista foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.
Em 336 a.C., Alexandre o Grande, filho de Filipe II tornou-se rei da Macedônia e dois anos depois senhor de toda a Grécia. Durante o seu curto reinado de treze anos (de 336 até 323 a.C.) Alexandre realizou a conquista de territórios mais rápida e espectacular da Antiguidade.
A ciência alcançou um grande desenvolvimento no período helenístico, não sendo ultrapassada nas suas realizações durante muitos séculos.
Roma
A civilização romana antiga contribuiu grandemente para o desenvolvimento do direito, arte, literatura, arquitetura, tecnologia, religião, governo, e da linguagem no mundo ocidental e sua história continua a ter uma grande influência sobre o mundo de hoje.
Os romanos assimilaram muitos aspectos da cultura dos povos vencidos, principalmente dos gregos.
Dotados de notável senso prático, souberam reelaborar essas influências, nas quais introduziram inovações que levaram à formação de uma cultura original. Com isso, acabaram por legar às gerações futuras várias contribuições nas mais diversas áreas.
Roma inicialmente era um pequeno povoado ou grupo de povoados situado no Palatino e nas colinas vizinhas. Sua população girava em torno de poucas centenas de habitantes que baseavam sua economia na agricultura (trigo, cevada, ervilha, feijão), pecuária (cabras, porcos), pesca, caça e coleta; a manufatura de artigos cerâmicos, roupas e outros artigos de uso doméstico eram produzidos pelas famílias para consumo interno; não havia estratificação social definida.
Segundo a tradição, Roma teria sido fundada no ano de 753 a.C. por Rómulo e o seu irmão Remo. Rómulo e Remo envolveram-se numa luta e Rómulo acabou por assassinar o seu irmão Remo.
No começo foi governada por reis mas, novamente de acordo com a tradição, tornou-se uma República em 509 a.C.. A cidade cresceu e, no final da República, Roma era a capital de um vasto império em volta do Mar Mediterrâneo. No seu auge, durante o século II, a cidade chegou a ter cerca de 45 000 prédios de apartamentos, e uma população de 1 600 000 habitantes. Seus aquedutos transportavam mais de um milhão de metros cúbicos de água, mais água do que chega à Roma moderna.
Roma foi um Estado militarista cuja história e desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus doze séculos de existência. Então, o tema central a ser falado quando se discute a história militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às batalhas finais contra os bárbaros.
A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da Ásia. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta; mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.
Além de construir estradas que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.
O Direito Romano
Uma notável contribuição romana à cultura ocidental ocorreu no campo do direito. De fato, o direito romano permanece até hoje entre os fundamentos do direito contemporâneo.
Como quase tudo em Roma, as leis surgiram para dar uma solução prática aos problemas criados pelas lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista. Roma dominava um vasto e variado mosaico de povos, unidos por vínculos econômicos, políticos e culturais. Criar normas jurídicas que permitissem a coexistência de tão diferentes costumes e tradições tornou-se uma necessidade. O direito romano desenvolveu-se gradualmente, tendo como ponto de partida a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.). Posteriormente, aprimorou-se com as leis votadas pelas assembleias, com os decretos do senado e teve sua completa sistematização no período do império. Compunha-se de três grandes ramos: O ius civile (Direito civil), aplicável apenas aos cidadãos de Roma. O ius gentium (Direito das gentes ou dos estrangeiros), conjunto de normas comuns ao povo romano e aos povos conquistados. O ius naturale (Direito natural), que representava o aspecto filosófico do direito. Baseava-se na ideia de que o ser humano é, por natureza, portador de direitos que devem ser respeitados. Mais tarde estes Direitos Natuais deram sustentabilidade para o movimento iluminista que contribuíram para a abolição da escravidão, direitos das mulheres, democracia ocidental, etc. Com as invasões bárbaras, embora inicialmente as tribos continuassem a reconhecer suas leis nativas, elas foram fortemente influenciadas pelo direito romano e gradualmente o incorporaram também. O direito romano, particularmente o Corpus Juris Civilis coletado por ordem de Justiniano I, é a base antiga no qual o direito civil moderno de alguns países se apóia. Em contraste, a Common law (lei comum) é baseada na lei germânica. O sistema romano-germânico é o sistema jurídico mais disseminado no mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século XVIII. Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente Médio) e de cerca de metade da África. Roma e o Estatuto da Mulher
Ao longo da república e durante o império, as mulheres romanas livres eram consideradas cidadãs, embora não pudessem votar, ocupar cargos políticos ou servir no exército. A mulher romana conservava o sobrenome de solteira (nomen) ao longo da vida. Na maior parte das vezes, os filhos escolhiam o sobrenome do pai, embora no período imperial pudessem também manter o sobrenome da mãe.
Escravos
Na época de Augusto, cerca de 35% dos habitantes da província de Itália eram escravos. A escravatura era uma instituição complexa e de utilidade econômica que sustentava a estrutura social romana.
Nas cidades, os escravos podiam exercer diversas profissões, entre as quais professores, médicos, cozinheiros e contabilistas, embora a maioria realizasse apenas tarefas pouco qualificadas. A indústria e a agricultura dependiam da mão de obra escrava. Fora de Itália, os escravos constituíam em média entre 10 a 20% da população.
Embora a escravatura tenha diminuído nos séculos III e IV, permaneceu parte integrante da sociedade romana até ao século V até desaparecer gradualmente ao longo dos séculos VI e VII, a par do declínio dos centros urbanos a da desintegração do complexo sistema econômico que criava a procura.
Libertos
Ao contrário das cidades-estado gregas, Roma permitia que os escravos libertos se tornassem cidadãos, tendo inclusive direito ao voto.
Um escravo que conseguisse a libertas era denominado um liberto (libertus; "pessoa liberta," fem. liberta) em relação ao seu antigo amo, o qual se tornava então o seu patrão (patronus). No entanto, as duas partes continuavam a ter obrigações habituais e jurídicas entre si. A classe social dos libertos era denominada libertini, embora mais tarde os termos liberto e libertino (libertinus) fossem usados indistintamente.
Um libertinus não podia ocupar cargos na administração pública ou no sacerdócio de estado, embora pudesse exercer sacerdócio no culto imperial. Um liberto não podia também casar com uma mulher de uma família da ordem senatorial ou ele próprio fazer parte dessa ordem de forma legítima, embora durante o início do império os libertos ocupassem lugares cimeiros na administração.
O Cristianismo
A Roma antiga contribuiu grandemente para o desenvolvimento do cristianismo. O Cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização ocidental pelo menos desde o século IV. A Igreja Católica de Roma possui mais de dois mil anos de história, sendo a mais antiga instituição do mundo ainda em funcionamento. Sua história é integrante à História do Cristianismo e a história da civilização ocidental.
Por volta do ano 50, o cristianismo começou a ser divulgado em Roma.
Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião.
Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Foi exatamente dos essênios que surgiram aqueles que seriam os primeiros cristãos.
Gradualmente, o sucesso do cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao cristianismo, estas eram irregulares.
As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.
O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador romano pelo "bárbaro" germânico Odoacro, mas o cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao cristianismo ou viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel instrumental na expansão do cristianismo.
Missionários cristãos avançaram ainda mais ao norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma, obtendo a integração definitiva dos povos germânicos e eslavos.
Inglaterra
Durante a Idade do Ferro, os Celtas chegaram da Europa Central. O desenvolvimento de fundição de ferro permitiu a construção de arados melhores, o avanço da agricultura (por exemplo, com os campos Celtas), bem como a produção de armas mais eficazes. A sociedade era tribal, e de acordo com Ptolomeu havia cerca de 20 tribos diferentes na área, as divisões são desconhecidas. Tal como outras regiões na fronteira do Império, a Grã-Bretanha tinha apreciado por muito tempo relações comerciais com os romanos.
Júlio César efetuou duas expedições à ilha nos anos 55 a.C. e 54 a.C., derrotando o rei Cassivelauno (Cassivellaunus), mas sem chegar a consolidar a incursão e sem terminar de dominar os moradores da ilha, pois as revoltas na Gália e as pressões de Pompeu e Crasso obrigaram-no a regressar ao continente. Os britânicos comprometeram-se a jurar fidelidade a Roma e a pagar tributo.
Os romanos conquistaram a Bretanha em 43, durante o reinado do imperador Cláudio, e a área foi incorporada ao Império Romano como província da Britânia. Em 410, com o declínio do Império Romano, os romanos deixaram a ilha para defender suas fronteiras na Europa continental.
As Crusadas
Depois da morte de Maomé (632), vagas de exércitos árabes lançaram-se com novo fervor à conquista dos seus antigos dominadores, os bizantinos e os persas sassânidas, que vinham de décadas de guerra. Estes últimos, depois de serem esmagadoramente derrotados em algumas batalhas, levaram 30 anos para ser destruídos, devido mais à extensão do seu império do que à sua resistência militar: o último Xá morreu em Cabul em 655. Os bizantinos resistem bem menos: cederam uma parte da Síria, a Palestina, o Egito e o norte de África, mas ao fim sobreviveram e mantiveram sua capital Constantinopla.
Em novo impulso, os exércitos conquistadores muçulmanos lançaram-se então sobre a Índia, a Península Ibérica, o sul de Itália, a França, e as ilhas mediterrâneas. No século X, desagregação do Império Islâmico acentuou-se, em parte devido à influência de grupos de mercenários convertidos ao islão que tentaram criar reinos separados. Os turcos seljúcidas (não confundir com os turcos otomanos antepassados dos criadores do atual estado da Turquia), procuraram impedir esse processo e conseguiram unificar uma parte do território. Acentuaram a guerra contra os cristãos, esmagaram as forças bizantinas em Manziquerta em 1071 conquistando, assim, o leste e o centro da Anatólia e Jerusalém em 1078. Depois de um período de expansão nos séculos X e XI o Império Bizantino viu-se em sérias dificuldades: a braços com revoltas de nómadas ao norte da fronteira, e perda dos territórios da península Itálica, conquistados pelos normandos. Internamente, a expansão dos grandes domínios em detrimento do pequeno campesinato resultou numa diminuição dos recursos financeiros e humanos disponíveis ao estado. Como solução, o imperador Aleixo I Comneno decidiu pedir auxílio militar ao Ocidente para fazer frente à ameaça seljúcida. O domínio dos turcos seljúcidas sobre a Palestina foi percebido pelos cristãos do Ocidente como uma ameaça e uma forma de repressão sobre os peregrinos e os cristãos do Oriente. Em 27 de janeiro de 1095, no concílio de Clermont, o papa Urbano II exortou os nobres franceses a libertar a Terra Santa e a colocar Jerusalém de novo sob soberania cristã, apresentando a essa expedição militar como uma forma de penitência. A multidão presente aceitou entusiasticamente o desafio e logo partiu em direção ao Oriente, sobrepondo uma cruz vermelha sobre suas roupas (daí terem recebido o nome de "cruzados"). Assim começavam as cruzadas.
Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. No médio oriente, as cruzadas foram chamadas de "invasões francas", já que os povos locais viam estes movimentos armados como invasões e por que a maioria dos cruzados vinha dos territórios do antigo Império Carolíngio e se autodenominavam francos.
Iluminismo
O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista.
Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. Embora, vários foram os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao governo.
Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento contrailuminista ganhou força.
Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do iluminismo no século XVII tardio, não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).
"O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo".
Na Escócia
A Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção de ideias associadas ao iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as tendências mais marcantes do Iluminismo Escocês. Dentre os seus mais importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam Ferguson, David Hume, Francis Hutcheson, Thomas Reid, Adam Smith.
Na França
Na Inglaterra
Na Inglaterra tivemos grandes intelectuais como como John Locke e Edward Gibbon.
Em Portugal
Uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa.
Nos Estados Unidos
Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados com contornos religiosos e politicamente mais radicais. Ideias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles: John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison. A fermentação política nas colônias norte-americanas ocorria no contexto do Iluminismo, o movimento de transformação intelectual que se espalhou por toda a Europa e pelo Novo Mundo. A Declaração de Independência foi inspirada nas ideias Iluministas - e também serviu para lhes dar forma. Jefferson e Franklin são considerados os principais expoentes desse pensamento, e a Declaração é um de seus textos canônicos. Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como "iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.
O iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.
Direitos Naturais
A ideia de Direitos Naturais tomou uma forma constitucional a partir do Direito Romano que o nomeava como ius naturale (Direito natural). Baseava-se na ideia de que o ser humano é, por natureza, portador de direitos que devem ser respeitados. Com os passar dos séculos foi ficando cada vez mais claro que todos temos direitos que independem de nossa raça, crença, gênero, etc. Desta forma os Direitos Naturais vieram a se tornar uma corrente de pensamento através do surgimento do iluminismo que aos poucos foi determinando que todos nós temos o direito "a vida, a liberdade e a propriedade". Desta forma, se um governo deixa de proteger o direito que as pessoas possuem em relação a vida, a liberdade e propriedade então as pessoas terão o direito de derrubar este governo. Esta ideia dos direitos naturais a vida, liberdade e propriedade veio contextualizar todas as ideias daqueles que vieram a ser os liberais e deu a sustentabilidade para o movimento iluminista. A teoria do direito natural abrange uma grande parte da filosofia de Tomás de Aquino, Francisco Suárez, Richard Hooker, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, Samuel von Pufendorf, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, e exerceu uma influência profunda no movimento do racionalismo jurídico do século XVIII, quando surge a noção dos direitos fundamentais, no conservadorismo, e no desenvolvimento da common law inglesa.
Aristóteles
A filosofia grega enfatizava a distinção entre "natureza" (φúσις physis), de um lado, e "direito", "costume" ou "convenção" (νóμος nomos), de outro. O comando da lei variava de acordo com o lugar, mas o que era "por natureza" deveria ser o mesmo em qualquer lugar. Um "direito da natureza", portanto, poderia parecer um paradoxo para os gregos. Contra o convencionalismo que a distinção entre natureza e costume pudesse gerar, Sócrates e seus herdeiros filosóficos, Platão e Aristóteles, postularam a existência de uma justiça natural ou um direito natural (δικαιον φυσικον dikaion physikon; ius naturale, em latim). Destes, Aristóteles costuma ser apontado como o pai do direito natural. A associação de Aristóteles com o direito natural é devida, em grande medida, à interpretação que foi dada à sua obra por Tomás de Aquino. A influência de Aquino foi tal que sugestionou algumas das primeiras traduções de trechos da Ética a Nicômaco, embora as versões mais recentes sejam mais literais. Aristóteles afirma que a justiça natural é uma espécie de justiça política, isto é, o esquema de justiça distributiva e corretiva que seria estabelecido pela melhor comunidade política; se isto viesse a tomar a forma de lei, poderia chamar-se direito natural, embora Aristóteles não discuta esse aspecto e sugira em A Política que o melhor regime talvez não governe com base na lei. A melhor indicação de que Aristóteles pensava existir um direito natural vem da Retórica, na qual ele afirma que, ademais das leis "particulares" que cada povo tem que estabelecer para si próprio, há uma lei "comum" conforme à natureza. O contexto dessa passagem, entretanto, sugere apenas que Aristóteles aconselhava que poderia ser retoricamente vantajoso recorrer a este tipo de lei, em especial quando a lei "particular" da cidade fosse contrária ao argumento a ser defendido, e não que tal lei de fato existisse; Em suma, a paternidade teórica do direito natural, atribuída a Aristóteles, é controversa.
Os Estóicos
A transformação do conceito de justiça natural no de direito natural costuma ser atribuída aos Estóicos. Se a lei "comum" a que Aristóteles sugeria recorrer era claramente natural, por oposição a ser o resultado de uma legislação divina, o direito natural estóico era indiferente à fonte - natural ou divina - do direito: os Estóicos afirmavam a existência de uma ordem racional e propositada para o universo (um direito eterno ou divino), e o meio pelo qual um indivíduo racional vivia em conformidade com esta ordem era o direito natural, que induzia ações em consonância com a virtude. Estas teorias tornaram-se altamente influentes entre os juristas romanos e, portanto, desempenharam um papel central no futuro da teoria do direito.
Cristianismo
O Apóstolo Paulo de Tarso escreveu em sua Epístola aos Romanos, 2:14-15: "Os pagãos, que não têm a lei, fazendo naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei; eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente." O historiador e intelectual A.J. Carlyle comentou sobre essa passagem da seguinte forma: "Não pode haver dúvida de que as palavras de São Paulo implicam uma concepção análoga à "lei natural" de Cícero, uma lei escrita no coração dos homens, reconhecida pela razão do homem, um direito distinto do direito positivo de qualquer Estado, ou do que São Paulo reconhece que é a lei revelada de Deus. É neste sentido que as palavras de São Paulo são tomadas pelos Padres dos séculos IV e V, como Santo Hilário de Poitiers, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, e parece não haver razões para duvidar da veracidade de sua interpretação." Alguns primitivos Padres da Igreja, em especial os do Ocidente, procuraram interpretar a lei natural de uma perspectiva cristã, sendo o maior expoente desse esforço Agostinho de Hipona, que igualava o direito natural ao estado do homem antes da Queda; com esta, não lhe era mais possível seguir uma vida conforme à natureza, e os homens precisariam então procurar a salvação por meio da lei divina e da graça. No século XII, Graciano inverteu o argumento, igualando os direitos natural e divino. Tomás de Aquino restaurou o direito natural ao seu estado independente, afirmando que, na qualidade de perfeição da razão humana, o direito natural poderia aproximar-se, mas não compreender totalmente, o direito eterno, que precisaria assim complementá-lo.
São Tomás de Aquino
Tomás de Aquino nasceu por volta de 1225 e foi um frade dominicano e sacerdote italiano cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia, principalmente na tradição conhecida como escolasticismo, e que, por isso, é conhecido como "Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis". "Aquino" é uma referência ao condado de Aquino, uma região que foi propriedade de sua família até 1137. Ele foi o mais importante proponente clássico da teologia natural e o pai do tomismo. Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimento ou oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, metafísica e teoria política. Tomás abraçou diversas ideias de Aristóteles - a quem ele se referia como "o Filósofo" - e tentou sintetizar a filosofia aristotélica com os princípios do cristianismo. As obras mais conhecidas de Tomás são a "Suma Teológica" (em latim: Summa Theologiae) e a "Suma contra os Gentios" (Summa contra Gentiles). Seus comentários sobre as Escrituras e sobre Aristóteles também são parte importante de seu corpus literário. Além disso, Tomás se distingue por seus hinos eucarísticos, que ainda hoje fazem parte da liturgia da Igreja. Tomás é venerado como santo pela Igreja Católica e é tido como o professor modelo para os que estudam para o sacerdócio por ter atingido a expressão máxima tanto da razão natural quanto da teologia especulativa. O estudo de suas obras há muito tempo tem sido o cerne do programa de estudos obrigatórios para os que buscam as ordens sagradas (como padres e diáconos) e também para os que se dedicam à formação religiosa em disciplinas como filosofia católica, teologia, história, liturgia e direito canônico. Tomás foi também proclamado Doutor da Igreja por Pio V em 1568. Sobre ele, declarou Bento XV: “Esta ordem [dominicana]... ganhou novo lustre quando a Igreja declarou os ensinamentos de Tomás como seus próprios e este Doutor, honrado por elogios especiais dos pontífices, o mestre e patrono das escolas católicas." Desta forma, com a Influencia de Aristóteles, Tomas de Aquino e da Igreja Católica, assim como os vários filósofos iluministas chegou-se a conclusão de que todas as leis humanas deveriam, pois, ser medidas pela sua conformidade com o direito natural. Uma lei injusta não seria, portanto, lei. Naquela altura, o direito natural era usado não apenas para avaliar a validade moral de diversas leis, mas também para determinar o que as leis queriam dizer. No século XVI, a Escola de Salamanca (Francisco Suárez, Francisco de Vitória e outros) desenvolveu ainda mais a filosofia do direito natural. No cristianismo, Após o Cisma anglicano, o teólogo inglês Richard Hooker adaptou as noções tomistas do direito natural ao Anglicanismo. O Direito Natual é tema recorrente na obra do escritor cristão Fiódor Dostoiévski. Em Crime e Castigo, por exemplo, a sanção de direito positivo é aceita por Raskólnikov para aliviar o grande castigo que sofreu ao descumprir uma norma de Direito Natural.
Hobbes
Thomas Hobbes criou uma teoria contratualista do positivismo jurídico, baseando-a em algo com o que todos os indivíduos concordam: o que eles buscam (a felicidade) pode ser um tema polêmico, mas o que eles temem (a morte violenta nas mãos de outrem) pode ser objeto de um amplo consenso. O direito natural seria, então, a forma pela qual um ser humano racional agiria, procurando sobreviver e prosperar. O direito natural seria, assim, descoberto ao considerar-se os direitos naturais da humanidade, enquanto que, no período anterior, pode-se dizer que os direitos naturais eram descobertos ao considerar-se o direito natural. Na opinião de Hobbes, a única maneira de o direito natural prevalecer seria Por meio da submissão de todos às ordens do soberano. Tendo em vista que a fonte última da lei agora advém do soberano, e as decisões deste não precisam basear-se na moralidade, surge então o conceito do positivismo jurídico, que as contribuições posteriores de Jeremy Bentham viriam a desenvolver. Dessa forma evitar-se-iam os conflitos entre os indivíduos. Segundo os tratados Leviatã e De Cive, de Hobbes, o direito natural seria "um preceito ou regra geral, descoberto pela razão, pelo qual a um homem é proibido fazer aquilo que é ruinoso para com a sua vida ou que lhe retira os meios de preservá-la; e de omitir aquilo que ele pensa que pode melhor preservá-la" (tradução livre do inglês).
Liberalismo
O direito natural liberal desenvolveu-se a partir das teorias medievais do direito natural e da revisão empreendida por Hobbes acerca do tema. Hugo Grócio baseou sua filosofia do direito internacional no direito natural, ao qual recorreu diretamente em suas obras sobre a liberdade dos mares e a teoria da guerra justa. Escreveu que "mesmo a vontade de um ser onipotente não pode alterar ou revogar" o direito natural, que "manteria sua validade objetiva mesmo se presumíssemos o impossível, que não há Deus ou que Ele não se importa com os assuntos humanos" (De Iure Belli ac Pacis, Prolegomeni, XI, traduções livres do original inglês). Este famoso argumento, conhecido como etiamsi daremus (non esse Deum), tornou o direito natural independente da teologia.
John Locke
John Locke incorporou o direito natural a muitas de suas teorias e à sua filosofia, especialmente nos Dois Tratados sobre o Governo. Discute-se se seu conceito de direito natural alinhar-se-ia mais ao de Tomás de Aquino ou à reinterpretação de Hobbes, embora se costume dizer que Locke procedeu a uma revisão de Hobbes com base no contratualismo hobbesiano. Locke inverteu o argumento de Hobbes, ao dizer que se o governante contrariasse o direito natural e deixasse de proteger "a vida, a liberdade e a propriedade", as pessoas teriam justificativa para derrubar o regime. Se Locke falava a linguagem do direito natural, preferida dos pensadores liberais posteriores, o conteúdo dessa linguagem procurava em grande medida proteger os direitos individuais. Thomas Jefferson, fazendo eco a Locke, menciona "direitos inalienáveis" na Declaração de Independência dos Estados Unidos: "Consideramos estas verdades como evidentes, que todos os homens são criados iguais, que seu Criador lhes concede certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade".
A divisão Tripartida dos Poderes
Naquela época estavam acontecendo vários conflitos a partir da ideia de que se deveria abolir as monarquiase se criar um novo modelo de governo. Aqueles que estavam mais a esquerda queriam mudanças bruscas, ou seja, queriam simplesmente retirar os monarcas de suas posições sem ter nada para substituir este sistema que vigorava a milênios. Os conservadores, mais a direita, defendiam que esta mudança deveria ser gradativa, pois derrubar os reis de uma hora para outra daria espaço para que pessoas piores tomassem suas posições. E era exatamente o que se viu acontecer no que ficou conhecido como Revolução Francesa. Ou seja, as tentativas de se acabar com a monarquia de uma hora para outra acabou levando a um conflito que levou uma gigantesca quantidade de pessoas a morte. Desta forma, para tentar resolver o problema, vários intelectuais defendiam a divisão de poderes ou separação de poderes. O conceito da separação dos poderes, também referido como princípio de trias politica, é um modelo de governar, cuja a criação é datada da antiga Grécia. A essência desta teoria se firma nos três poderes que formam o Estado (legislativo, executivo e judiciário) atuem de jeito separado, independente e harmônico. O objetivo dessa separação é evitar que o poder concentre-se nas mãos de uma única pessoa, para que não haja abuso, como o ocorrido no Estado Absolutista, por exemplo, em que todo o poder concentrava-se no rei. A passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal caracterizou-se justamente pela separação de Poderes, denominado Tripartição dos Poderes Políticos. Existe uma questão que sempre atormentou os teóricos institucionais do Ocidente: como assegurar o controle do exercício do poder governamental de tal modo que não lhe fosse possível destruir os valores que havia sido instituído para promover? Aliada a essa visão, aqueles que historicamente advogavam em nome do Constitucionalismo foram enfáticos em reconhecer o papel estratégico a ser desempenhado por uma estrutura governamental na sociedade; contudo, atentaram também para a essencialidade de se limitar e controlar o exercício desse poder. Dentre todas as teorias políticas que visaram amenizar essa dicotomia – relevância da função/limitação de poder – a doutrina da “separação dos poderes” foi a mais significante, vindo a influenciar diretamente os arranjos institucionais do mundo Ocidental. Adquirindo, inclusive, o “status” de um arranjo que virou verdadeira substância no curso do processo de construção e de aprimoramento do Estado de Direito, a ponto de servir de “pedra de toque” para se afirmar a legitimidade dos regimes políticos. Na busca por uma definição “pura” do conceito, que não esteja imbuída destas mutabilidades posteriores, Vile propõe o seguinte: “Uma doutrina 'pura' da separação dos poderes pode ser formulada da seguinte maneira: é essencial para o estabelecimento e manutenção da liberdade política que o governo seja dividido em três ramos ou departamentos, o legislativo, o executivo e o judiciário. Para cada um destes ramos há uma função governamental identificável correspondente, legislativa, executiva ou judicial. Ademais, as pessoas que compõem estas três agencias do governo devem se manter separadas e distintas, sendo nenhum indivíduo autorizado a ser, ou estar, ao mesmo tempo membro de mais de um ramo (...)"
Montesquieu
Montesquieu foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais. Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert. Em sua analise sobre o assunto, Montesquieu afirmou: “(...) tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”. Montesquieu defendia a divisão do poder em dois: - Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente); - Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares): o poder legislativo era dividido em dois: a câmara do lordes, indicados pelo rei, representando a aristocracia, e a câmara dos comuns, de representantes eleitos pelo povo. Montesquieu não considerava o Judiciário como um dos Poderes. Era a favor da Monarquia Parlamentar. Outra importante teoria de Montesquieu trata das relações das formas de Governo e seus princípios, segundo o autor as formas seriam as seguintes:
República - Democracia (Princípio–Patriotismo)
Formas de Governo
Aristocracia(Princípio–Moderação)
Monarquia (Princípio-Honra)
Despotismo(Princípio – Terror)
Montesquieu atribuiu mais algumas classificações a estas formas de governo, tais como:
Formas Puras:
Monarquia: Governo de um só
Aristocracia: Governo de vários
Democracia: Governo do povo
Formas Impuras:
Tirania: Corrupção da Monarquia
Oligarquia: Corrupção da Aristocracia
Demagogia: Corrupção da Democracia
Foi então que os fundadores dos Estados Unidos resolveram este problema criando um governo Republicano baseado na Divisão Tripartida dos poderes e com um Presidente da Republica. Desta forma o presidente ou rei fica impedido de fazer leis por conta própria. E toda vez que ele quiser fazer uma lei ele precisa apresenta-la no legislativo onde os deputados e senadores vão discutir se aquela lei pode ou não pode ser aprovada. E como os deputados e senadores são escolhidos pelo povo, então a probabilidade das leis atenderem as vontades do povo é bem maior. Já o judiciário pode e deve julgar os crimes dos políticos, no caso do Brasil isto é obrigação do STF. Outra coisa que eles criaram foi o mandato presidencial e as eleições livres. George Washington foi o primeiro presidente a fazer um mandato de 4 anos. Depois eles fizeram uma eleição e George Washington ficou mais quatro anos e saiu deixando claro que era pra continuar fazendo isso. Não era pra nenhum presidente ficar mais de dois mandatos de 4 anos cada.
Estados Unidos da América
Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas.
Pouco tempo depois foram estabelecidas as treze colônias britânicas que se tornariam os Estados Unidos. Todas contavam com um governo local eleito, estimulando o apoio ao republicanismo.
O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o Grande Despertar, incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa.
As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1780 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 até 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso Continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington.
Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade", em 4 de julho de 1776 o Congresso aprovou a Declaração de Independência, redigida em grande parte por Thomas Jefferson.
Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos.
Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.
Os Direitos Naturais e a Independência dos Estados Unidos
Para compreendermos o que são os direitos naturais basta citar o trecho inicial da Declaração de Independia dos Estados Unidos que diz o seguinte:
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno para com as opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.
Neste pequeno texto temos as seguintes afirmações:Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo.
- O Criador nos deu o direito a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
- Para garantir estes direitos existe o governo.
- Se um governo vai contra estes direitos, ele se torna ilegítimo.
- As pessoas adquirem o direito de derrubar este governo.
- A destruição do sistema atual e substituição por outro somente é viável em ultimo caso, pois pode acabar causando mais problemas do que soluções.
E nestas afirmações deste pequeno trecho vemos as principais ideias que caracterizam o pensamento de direita.
Liberalismo
Liberalismo é a ideia de que o Estado deve se meter o mínimo possível na vida das pessoas. Isto foi expresso na seguinte afirmação:
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.
Conservadorismo
Conservadorismo é a ideia de que algumas estruturas sociais, costumes, etc, devem ser conservados. E, mesmo que se comprove falhas em algum destes sistemas, deve-se conserva-los até que se consiga algo realmente melhor. Ou seja, as mudanças devem ser lentas e gradativas, pois, em muitos casos, mudanças bruscas acabam criando mais problemas do que soluções. Eles deixam isto claro nas seguintes palavras:
Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governose instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo.
Os Estados Unidos são oficialmente uma nação secular; a Primeira Emenda da Constituição do país garante o livre exercício da religião e proíbe a criação de um governo religioso.50
Os Estados Unidos são a federação mais antiga do mundo.176 O país é uma república constitucional e uma democracia representativa, "em que a regra da maioria é temperada por direitos das minorias protegidos por lei".177 O governo é regulado por um sistema de separação de poderes definido pela Constituição, que serve como documento legal supremo do país.178 No sistema federalista estado-unidense, os cidadãos são geralmente sujeitos a três níveis de governo: federal, estadual e local; funções de governo local são geralmente divididas entre os condados e os governos municipais.176 Em quase todos os casos, funcionários do executivo e do legislativo são eleitos pelo voto da maioria dos cidadãos do distrito.176 Não há representação proporcional no nível federal e isso é muito raro em níveis inferiores.176
Os Estados Unidos tem sido um líder em pesquisa científica e em inovação tecnológica desde o século XIX. Em 1876, Alexander Graham Bell conquistou a primeira patente americana para o telefone. O laboratório de Thomas Edison desenvolveu o primeiro fonógrafo, a primeira lâmpada incandescente, a primeira câmera de vídeo viável. Nikola Tesla foi o pioneiro da corrente alternada, do motor AC e do rádio. No início do século XX, as empresas de automóveis de Ransom E. Olds e Henry Ford promoveram a linha de montagem. Os irmãos Wright, em 1903, fizeram o primeiro objeto sustentado e controlado mais pesado que o ar voar.231
O cristianismo nos Estados Unidos
O Cristianismo surgiu nos Estados Unidos com o nome de O Primeiro Grande Despertamento. O Primeiro Grande Despertamento começou nos anos de 1720 e durou aproximadamente 20 anos. Suas figuras principais de divulgação eram Jonathan Edwards e George Whitefield. Era parte de um fenômeno religioso que começou na Europa e esparramou às colônias britânicas. O reavivamento aconteceu principalmente entre os reformados, batistas, presbiterianos e congregacionais. O Segundo Grande Despertar começou na Inglaterra Nova nos anos de 1790 e depressa se esparramou ao resto dos Estados Unidos. Durou até os anos de 1830. Um grande número de faculdades protestantes foi fundado durante estas décadas. Depois aconteceu O Segundo Grande Despertar, ocorrido no período compreendido nas décadas de 1790 a 18401 , foi a segunda onda de revivicação religiosa ocorrida nos Estados Unidos da América e consistia na salvação pessoal renovada, que se experimentava em reuniões de reavivamento da fé. O movimento encorajava uma atitude evangélica ativa, que depois eclodiram na vida estadunidense através de pleitos como a reforma do sistema prisional, sufrágio feminino, movimento abolicionista e outros. O Terceiro Grande Despertamento foi um período de atividade religiosa na história americana do final de 1850 até 1900. Ele influenciou denominações protestantes pietistas e teve um forte senso de ativismo social. Ele acumulou força da teologia pós-milenarista em que a volta de Cristo deve vir após a humanidade reformar toda a terra. O Movimento do Evangelho Social ganhou sua força do Despertamento, assim como o movimento missionário mundial. O Quarto Grande Despertamento foi um despertamento religioso cristão que alguns estudiosos — mais destacadamente, o historiador economista Robert Fogel — dizem que em alguns lugares foram alcançados do Estados Unidos no final de 1960 e começo de 1970. A terminologia é controversa, pois alguns historiadores acreditam que a mudança religiosa que alcançou alguns lugares nos Estados Unidos durante esses anos não equivalem àquelas do Primeiro Grande Despertamento e Terceiro Grande Despertamento. Assim, a idéia de um Quarto Grande Despertamento em si mesmo não é geralmente aceito.
A Revolução Industrial
Revolução Industrial foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. A Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população começou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa renda média. O PIB per capita manteve-se praticamente estável antes da Revolução Industrial e do surgimento da economia capitalista moderna. A revolução impulsionou uma era de forte crescimento econômico nas economias capitalistas e existe um consenso entre historiadores econômicos de que o início da Revolução Industrial é o evento mais importante na história da humanidade desde a domesticação de animais e a agricultura. A Primeira Revolução Industrial evoluiu para a Segunda Revolução Industrial, nos anos de transição entre 1840 e 1870, quando o progresso tecnológico e econômico ganhou força com a adoção crescente de barcos a vapor, navios, ferrovias, fabricação em larga escala de máquinas e o aumento do uso de fábricas que utilizavam a energia a vapor. Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo. O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros. As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o individualismo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa carne. Nesta perspectiva, portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. No entanto, como para lucrar precisa vender produtos bons e baratos, no fim, acaba contribuindo com a sociedade. Como o individualismo é bom para toda a sociedade, as pessoas devem viver de modo que possam atender livremente a seus interesses individuais. Para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do mercado agiem livremente, a economia pode crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faz o que bem entende com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Sem a intervenção do Estado, o mercado funciona automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promovem o progresso de forma harmoniosa.
Abolição da Escravatura
O abolicionismo foi um movimento político que visou à abolição da escravatura e do comércio de escravos. Desenvolveu-se durante o iluminismo do século XVIII e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até a actualidade. Teve, como antecedentes, o apoio de alguns Papas católicos. Os papas da época dos Descobrimentos da África, Ásia e América, prosseguindo na senda dos Padres da Igreja e de seus antecessores, combateram a escravidão e a subjugação dos povos não europeus. Em 13 de Janeiro de 1435, através da bula Sicut Dudum, o papa Eugénio IV mandou restituir à liberdade os cativos das ilhas Canárias. Em 1462, o papa Pio II (1458-1464) deu instruções aos bispos contra La tratta dei Negri proveniente da Etiópia; o papa Leão X (1513-1521) despachou no mesmo sentido para os reinos de Portugal e Espanha. Em 1537, o papa Paulo III (1534-1549), através da bula Sublimus Dei3 (23 de Maio) e da encíclica Veritas ipsa4 (9 de Junho), lembrou aos cristãos que os índios "das partes ocidentais, e os do meio-dia, e demais gentes", eram seres livres por natureza. O papa Gregório XIV (1590-1591) publicou a Cum Sicuti5 (1591) e, nos séculos seguintes, contra a escravidão e o tráfico se pronunciaram também os papas Urbano VIII (1623-1644), na Commissum Nobis6 (1639) e Bento XIV (1740-1758) na Immensa Pastorum7 (1741). No século XIX, no mesmo sentido se pronunciou o papa Gregório XVI (1831-1846) ao publicar a bula In Supremo (1839). Em 1888, o Papa Leão XIII, na encíclica In Plurimis, dirigida aos bispos do Brasil, pediu-lhes apoio ao imperador (dom Pedro II) e a sua filha (princesa Isabel), na luta que estavam a travar pela abolição definitiva da escravidão. O primeiro-ministro reformista Marquês de Pombal aboliu a escravidão em Portugal e nas colônias da Índia a 12 de Fevereiro de 1761, pelo que Portugal é considerado pioneiro no abolicionismo. Contudo, nas colônias portuguesas da América e África continuou sendo permitida a escravidão e muitos negreiros continuavam a transportar ilegal e disfarçadamente escravos de África para o Brasil. Juntamente com a Grã-Bretanha, no começo do século XIX Portugal proibiu o comércio de escravos e em 1854 por decreto foram libertos todos os escravos do Estado nas colônias. Dois anos mais tarde, também foram libertos todos os escravos da Igreja nas colônias. A 25 de Fevereiro de 1869 produziu-se finalmente a abolição completa da escravidão no império português. Nos Estados Unidos o movimento abolicionista foi formado em 1830 nos estados do norte dos Estados Unidos, nos quais teve muita publicidade. Em 1831, foi fundada a New-England Anti-Slavery Society (Sociedade antiescravatura de Nova Inglaterra). Os princípios da Declaração de Independência dos Estados Unidos contribuíram para a abolição da escravatura no país. O que contribuiu para o fim da escravidão no resto do ocidente criando, assim, os precedentes para os movimentos a favor da mulher e de outros grupos.
Resumo
A Cultura Ocidental se fundmenta em três pilares principais que são:
- Logica Grega
- Direito Romano
- Moral Judaico-Cristã
O principal deles é a lógica, pois é através dela que conseguimos construir toda esta estrutura que foi demonstrada aqui.
Os países que negam a cultura ocidental não possuem uma técnica desenvolvida justamente porque não aceitam a lógica.
Em resumo, estas bases que sustentam a cultura ocidental são as mesmas bases que sustentam o pensamento da Direita.
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